Thursday, December 24, 2009

O que você quer de Natal?

Eu gosto do Natal. E sempre gostei. Para mim não importa se Jesus nasceu ou não dia 25 de dezembro, se toda a família poderá se reunir, se só eu comprei presentes, se nem rolou de comprar nada, se a Ceia será um espetáculo ou se o jeito é "filar" na casa de alguém. Eu gosto do que o Natal proporciona. Porque nessa época todo mundo se torna mais gentil, mais esperançoso, mais amoroso. O tal "espírito natalino" tem o dom de trazer compaixão, de estimular o perdão, o acerto entre as pessoas, o sorriso fácil e lembranças sem fim.

Para mim o Natal também significa altruísmo, porque é exatamente o que ele representa. O nascimento de Cristo, é a maior demonstração de desprendimento que a Humanidade testemunhou. E é por isso que Natal para mim é sinônimo de amor.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

Eu acredito nessas palavras e é isso que eu quero de Natal: aceitar um presente que já me foi dado há 2.000 anos. Eu quero Jesus Cristo em minha vida.

Thursday, December 17, 2009

Dezembro...

Novembro foi o mês que mais escrevi. Também, com um mundo e experiências tão ricas à minha frente não consegui me conter. E quem me conhece sabe: escrevo para me expandir. Cresci muito em novembro. Cresci e me conheci. Logo eu que já me achava tão conhecedora de mim mesma.

Dezembro "chegou chegando", do jeito que ele sempre faz. E como em todo dezembro não tenho respirado. É trabalho. É a vida para por em dia depois de um mês fora. São outras viagens. São mudanças. São muitas reflexões e várias decisões. Algumas frutos do meu incrível novembro. Outras antecipações do que me espera em janeiro.

Em meio a urgências tenho me calado para o mundo, enquanto dentro de mim vivo sem parar.

Enfim, isso tudo só para dizer que em breve tô de volta. Com tudo e para tudo.

Friday, December 4, 2009

Hoje é sexta

E me lembrei aonde eu estava há algumas sextas atrás...

Saindo de Riga, na Letônia...

... e indo para Jyvaskyla, na Finlândia.

Mochila nas costas, neve, amigos e o mundo pela frente. Sim, eu amo muito tudo isso.

Friday, November 27, 2009

Paris, Paris, Paris.

Existem várias formas de se conhecer Paris. E a cidade acaba adquirindo características e adjetivos de acordo como lhe é apresentada. Para algumas pessoas Paris sempre terá cara de lua de mel. Porque foi assim que se conheceu a “Cidade das Luzes”. Para outros ela é cinza. Coisa de quem já morou por lá. E tem aqueles que acham que ela se resume a Torre Eiffel, Louvre e Arco do Triunfo. Para mim Paris é gente, bicicleta, piquenique, música e arte. No meu conceito ela é também alegre e divertida, sem, é claro, perder o charme

Conheci a cidade por três olhares distintos. Um olhar de mochileiro experiente, que se atreve a desafiar os carros sobre duas rodas, que compra no supermercado pão, queijos incríveis, presunto, salaminho e se senta no meio da ponte para um piquenique na hora do almoço. E de repente o que para mim sempre foi literalmente “farofa”, se torna cool, charmoso, típico e extremamente interessante. Já o outro ângulo de Paris foi tão local, tão tradicional, tão francês. E por fim a visão de quem acabou de chegar. E assim reuno em mim visões do mesmo mundo, para criar a minha própria.

Amei Paris `a primeira vista, na primeira noite. E para quem sempre quis estar em um lugar, me emocionei ao ver o símbolo do meu sonho iluminado. E não é que eu estava ali? Então uma música simplesmente achou lugar: “Você não sabe o quanto eu caminhei para chegar até aqui”.

Passo a passo, a cada descoberta, a cidade tirou o meu fôlego me enchendo de vida, de História, de arte e de cultura. E me senti como se fosse acrescida a cada novo encontro. Me encontrei com o Jardim das Tulherias, com a Ópera, com a Sacre Coeur e sua vista de cair o queixo, com Notre Dame, com Versailles, com o Moulin Rouge, Montparnasse, Saint Germain, Louvre, Jardim e Palácio de Luxemburgo. Foram tantos encontros... E todos peculiares.

Paris vale a pena. E como foi bom encerrar o nosso incrível mochilão por oito países, treze cidades, em um lugar tão rico. Na capital da França encontrei um mundo deliciosamente lindo e encantador. Um mundo que em mim deixou saudades... E `as pessoas e aos lugares que tão bem nos acolheram, só me resta dizer: merci.



Friday, November 20, 2009

Sobre a questão da Imigração

Eu sabia que o assunto era polêmico quando falei sobre Bruxelas, mas simplesmente não tinha como contar minha experiência na Bélgica sem falar desse aspecto tão frequente da Europa. E eu queria muito fazer um post sobre isso, mas um comentário me fez antecipar o meu planejamento.


Não sou contra a imigração e muito menos contra o indivíduo que se sente obrigado diante das circunstâncias da vida, ou opta por enriquecer seu currículo e vida profissional. Ou decide simplesmente mudar. Inclusive essa é uma possibilidade que eu mesma não descarto para a minha vida. Porém acredito que se uma pessoa se muda para um outro país, o mínimo que ela pode fazer é respeitar a cultura que escolheu abraçar. E isso significa aprender a língua local, obedecer as leis, os costumes e tentar, pelo menos, entender a História da região. Ao meu ver isso é cidadania.


Aqui em Paris, tão logo chegamos, aconteceu um jogo entre Argélia e Tunísia. Ficamos assustadas com a algazarra que os argelinos fizeram pela cidade. Uma bagunça ainda maior do que a que fazemos no Brasil ao final da Copa do Mundo. Só que tem um detalhe: estamos no nosso país, e não na Argentina. Na quarta a festa virou o caos. No metrô bandos pulavam, gritavam e depredavam. Depredavam um país que nem é deles! E isso sim, me irritou. Na Torre Eiffel eles fecharam parte do trânsito, deixaram as ruas imundas, agrediam as pessoas com palavras e criaram uma poluição sonora insuportável. Isso é respeitar a cultura que desejou abraçar? Creio que não.


Admiro pessoas que têm a coragem de imigrar, principalmente aquelas que o fazem por não ter outra opção na vida, como os refugiados e exilados. Inclusive adoro ouvir histórias desse tipo. Porém mudar de país para viver em guetos e não contribuir e nem absorver nada da cultura local não acho que seja a melhor solução. Porque aí a lógica se inverte. Ao invés do imigrante se adaptar a sua nova realidade, ele obriga o país para o qual se mudou se adaptar `a ele. Tipo o americano que mora na Flórida ter que falar espanhol para se comunicar em sua própria nação.


E para deixar bem claro, quando falo sobre viver em guetos não digo que o imigrante não deve se relacionar com pessoas da mesma nacionalidade ou viver em bairros afins. Até porque isso facilita o período de adaptação, que com certeza é tão difícil. A questão que eu aponto é resumir a mudança transcultural a isso. Uma mudança desse âmbito pode trazer benefícios enormes para ambos os lados, imigrantes e cidadãos, sem falar para o próprio país, mas isso depende exclusivamente de como essas questões serão trabalhadas, vividas e é claro, discutidas. Mas confesso que não acho legal a mentalidade de quem imigra apenas para “sugar” o novo país, sem a visão de agregar, somar, construir. Sem falar que também não apoio a questão da ilegalidade, seja qual for o motivo. Realmente penso que se Deus tem um propósito para a vida de uma pessoa em outro lugar, céus e terras se moverão para que o indivíduo se torne legal. É claro que existem casos especiais (quem nunca ouviu histórias incríveis de missionários na China, Índia, Paquistão, etc?), mas no geral não acho que seja uma postura correta de acordo com a Lei.


Nesse período de viagem, conhecendo e me hospedando em famílias tão incríveis, de brasileiros, letos, holandeses, finlandeses, franceses e afins, vi como o intercâmbio cultural pode ser rico se partir do ponto do respeito e da aceitação. No melhor estilo: eu respeito você e você me respeita. Eu aceito você e você me aceita. E assim um mundo de incríveis possibilidades se abre para uma riqueza inimaginável. Aliás, esse é um dos efeitos da globalização.



Isso não é uma verdade irrefutável, mas é a forma como eu tenho observado a questão da imigração há alguns anos. E sobre esse assunto eu tenho certeza que ainda há muito para se falar.


Thursday, November 19, 2009

Barcelona

Acho que a minha percepção da vida é sempre em cores. E foi assim que vi e vivi Barcelona. Cores de Gaudí, Picasso, Miró e Dali. Parece que Barcelona respira arte e convida aos transeuntes a fazer o mesmo. Os edifícios, as lojas, as praças, as ruas e os vários monumentos me pareceram como delicados chamados para parar, respirar e inspirar. Porque respirar arte sempre faz bem, ainda que como eu você não seja totalmente fã de todos os artistas espanhóis.


Gostei da forma como Barcelona concilia a agitação da vida moderna com o seu passado. E sinceramente amo visitar igrejas antigas, independente se católicas ou protestantes. Porque bem ou mal as construções eclesiásticas são sempre testemunhas e protagonistas da História. E com suas peculiaridades me encantam (apesar de que as vezes assustam também).


Amei passear pelas estreitas ruas do Bairro Gótico e imaginar como as pessoas andavam e viviam por ali há mais de 600 anos. Gosto de imaginar como era a vida, as relações sociais, a cultura, os hábitos. E cada viela me fez parar um pouco só para deixar a minha criatividade divagar um pouco mais.


Me impressionou também a vida ativa dos idosos da cidade. Esbarramos com eles em diversos parques, praças e cafés. E não foi raro ver casais, que pareciam já ter celebrado suas boas de ouro, namorando em charmosos bancos.


Adorei Barcelona e facilmente voltaria aqui em outra ocasião para visitar os museus, comer tapas e paellas. Porque tempo e dinheiro de mochileiro, você já sabe...

Sunday, November 15, 2009

Bélgica

Chegamos a uma conclusão: Bruxelas tem imigrantes, muitas pessoas, vento e chocolate. Pelo menos essa foi a nossa impressão em dois dias aqui. Não é nossa cidade preferida, e confesso que fico na dúvida se ganha ou perde para Milão... Dúvida cruel.


Em Bruxelas acho que não vimos nenhum belga, porque eles simplesmente foram expulsos da cidade de tanto imigrante. Sabe aquela história de que a Europa está se tornando um continente muçulmano? Digamos que aqui foi o lugar em que vimos bem isso. O que mais ouvimos foi o árabe, e inclusive tivemos uma experiência não tão boa no metrô. Um grupo de seis rapazes nos abordou de forma agressiva, apelativa e muito ofensiva falando esse idioma. Fomos envolvidas por um clima de medo e insegurança e fomos obrigadas a fugir correndo, literalmente, na primeira parada. Um dos rapazes até tentou nos seguir, mas foi empurrado pela Flavinha numa atitude corajosa. Nunca imaginei ter que lidar com isso na Bélgica, e confesso que desde então não entramos mais em vagões sozinhas e nem naqueles que têm grupinhos de homens. Fica aí a dica.


Essa situação péssima me fez pensar novamente sobre como você representa o seu grupo étnico e o seu país. Cada indivíduo carrega em si a identificação da sua origem e a forma como você se comporta reflete no jeito como os outros se relacionarão com você e seu universo. Aqui na Bélgica eu fiquei com medo dos grupinhos de homens árabes. Mesmo longe de qualquer preconceito, isso é algo que não posso negar. Não quer dizer que todos são assim, mas essa foi a forma como a minha experiência negativa me marcou. Sei que essa é uma longa discussão, mas eu consegui entender a visão do cidadão que se vê invadido por uma cultura que não é sua. E isso foi algo que me fez pensar.


Enfim, mas a nossa estada aqui foi excelente, principalmente pela companhia da Suênia e família, que nos fizeram nos sentir tão bem. Sem falar do nosso ótimo dia em Brugges. Um lugar lindo, com pontos maravilhosos e um chocolate quente sensacional. E nem a chuva torrencial atrapalhou o nosso passeio. Inclusive porque nunca tinha andado de charrete com um dilúvio!


Amanhã saímos daqui para Barcelona e com a bagagem cada vez maior. Não, os 15 quilos permanecem, mas a nossa bagagem cultural não para de crescer.


Ps: A conexão filada do vizinho belga (ou seria imigrante?) não tá ajudando a postar fotos. Tomara que dê certo na Espanha!

E a tal da convivência

A Latorre sempre fala: "Eu tenho uma teoria..."

A Vet: "Eu ia falar isso agora..."

E eu: "Por um motivo do além...".

E agora as 3 usamos as mesmas expressões. E morremos de rir ao nos ver nos jeitos e trejeitos umas das outras.

Ps: Descobri que conexões filadas de vizinhos nunca dão para colocar fotos.... So sorry...

Friday, November 13, 2009

Amsterdam

Pense num lugar lindo. Muito lindo. E que deve ser mais lindo ainda na primavera. É a Holanda. Porque se você gosta de um lugar chovendo e com um clima que não ajuda muito, imagine então quando ele explode de tanta tulipa?

Minha relação com Amsterdam foi amor a primeira vista. Amei os canais, as bicicletas, os prédios tortos (essa cidade um dia vai cair, é sério), as paisagens, as pessoas (que eu sempre disse que são as mais gentis do planeta), a história, a relação com as artes e com a cultura.... Que cidade...

E quando achei que não haveria nada mais lindo, me deparo com Haarlem, Delft e Haia. Cidades lindas `a sua maneira, charmosas e aconchegantes (e é claro que a hospitalidade da minha amiga Miranda ajudou muito). Aliás, essa é a forma como vejo a Holanda: aconchegante. E isso com chuva, dia cinza, e sem nem meia tulipa para me fazer feliz.

A ida a Haarlem valeu muito pela visita ao museu da Corrie Ten Boom, uma holandesa que durante a Segunda Guerra Mundial dedicou sua vida a acolher e esconder judeus em uma parede falsa no seu quarto, por amor a Cristo. A história é tão linda que enquanto a guia a contava, sem a menor discrição, me permiti chorar. Porque pessoas que abrem mão de si mesmas por amor sempre me comovem e estar em um lugar que foi usado por Deus para salvar vidas é muito significativo. Ficam aí as dicas do lugar, do livro e do filme que contam a história: The Hidding Place (acho que o filme é de 1971, mas dizem que é muito bom. O livro eu vou ler e conto depois).

Já Delft é um vilarejo lindo, fundado pelos idos de 1.200. Sabe aqueles lugares que parecem cenário de filme? É lá. Charmoso e totalmente convidativo. E sinceramente lugares que tem tanto peso histórico me trazem a noção do meu tamanho diante de algo tão anterior a mim. Os nossos problemas se tornam ínfimos perto de elementos vivos da História, ou melhor, que a contam. E talvez seja isso que tanto me fascina nesse continente.

Sobre Haia nem preciso dizer. Estar em uma cidade que tem tanto peso no cenário político mundial é muito interessante. Até nos fez lembrar dos nossos tempos de Mini-Onu, Harvard World Mun e Amun. Mas o que isso significa exatamente fica para outro post.

Só sei que amei esse lugar com tudo. Com sua História e seu presente. Amei a arquitetura antiga e os janelões que marcam tanto a atual. Amanhã saímos daqui rumo a Bélgica, e posso garantir que até o momento certamente esse é o meu país favorito pelas bandas de cá. Imagine então se eu tivesse visto uma tulipa que fosse?!

Ps: Ainda sem fotos. A net que tô filando do vizinho tá cada dia pior...

Wednesday, November 11, 2009

A Finlândia

Na minha opinião a Finlândia é branca. Branca e cheia de neve. Mas não posso dizer que ela é fria, porque recebemos tanto calor dos queridos Rodrigo e Saara que esse lugar tão longe se tornou colorido e extremamente cheio de amor. Aliás, amor. Essa é a palavra que melhor define os nossos quatro dias em Jyvaskyla, cidade universitária quase no centro do país, onde fomos hospedadas.


Depois de passar por dois países capitalistas, um que viveu até 19 anos atrás o comunismo, descobrimos uma nação socialista com feições iguais e diferentes. Os traços étnicos tão parecidos, assim como a arquitetura local, porém com pessoas com estilos peculiares. Os cabelos, as tatuagens, os piercings mais estranhos que já vi na vida foram pelas bandas de lá.


E se é para falar de peculiaridades culturais, não podíamos passar pelo norte da Europa sem fazer a sauna finlandesa e o mergulho em lago congelado. Sabe aquelas coisas que você só vê em programas de TV? Tivemos a oportunidade de experimentar e nos encantar. Quer uma dica sobre a Finlândia? Certamente essa é uma delas.


Entre coisas inusitadas e comuns foram dias incríveis que nos deixam saudades. E para mim a Saa já é brasileira e o Rô é finlandês. Porque poucas vezes vi um casal transcultural amar tanto a etnia que resolveu abraçar. A Saa fala português com sotaque de São Paulo e o Rô sempre teve estilo europeu. Pessoas incrivelmente diferentes e maravilhosamente iguais.


Pensando bem, o melhor da Finlândia é a casa e a companhia dos Vatanen Campos. Amigos queridos, parte da família que escolhi para mim.


Ps: Queria muito colocar fotos, mas a conexão do vizinho não está ajudando...rs

Tuesday, November 10, 2009

Nosso casamento

Eu, Flavinha e a Torre estamos vivendo um "casamento". Respeitando as devidas proporções é exatamente isso que representa passar quase 30 dias, 24 horas lado a lado de alguém (nesse caso alguéns), com um propósito único.

Com tanta convivência a gente vê o melhor e o pior de cada uma. O que era um defeito leve, que convivíamos de vez em quando, no cotidiano se potencializa. As qualidades idem. Absorvemos os hábitos umas das outras, temos que abrir mão de alguns desejos individuais em favor do bem comum e descobrimos que outro ponto de vista pode cair muito bem.

Em um roteiro apertado não temos como fugir quando alguém estressa. Nem chutar o balde e simplesmente resolver ir embora. Afinal, temos um plano. Temos um alvo. Existe uma missão em conjunto. Temos um lugar para chegar. E é em prol desse compromisso que caminhamos todos os dias. Que nos acordamos sempre morrendo de sono, saímos para viver algo novo e voltamos exaustas para dormir em algum lugar.

E é assim que se desenvolve algo incrível chamado cumplicidade. Cumplicidade não é se tornar igual, mas é aprender a equilibrar qualidades e defeitos em uma equação positiva. E que fique claro que positiva não significa perfeita.

Antes de começar a viagem ouvimos dizer que depois de passar tanto tempo juntas haveria uma escolha: nunca mais querer nos ver ou perceber que o amor que sentimos umas pelas outras ser potencializado. E posso dizer em claro e bom tom que temos vivido a segunda opção.

Não somos iguais e sei que nunca seremos, mas casamento é isso. É usufruir das coisas incríveis que a convivência harmoniosa com as diferenças pode proporcionar. E olha que esse "casamento" é de mentirinha. Imagine então com um de verdade.

Monday, November 9, 2009

Coisas que já fizemos na Europa

Comemos Macarons na confeitaria mais antiga da Suíça.
Viajamos de trem para Milão.

Compramos tulipas amarelas em Milão.

Conhecemos e nos surpreendemos com a Letônia.
Levamos a neve para a Finlândia!

Entre outras coisas mais (como sauna finlandesa e nado em lago congelado!). Tempo bom, com pessoas incríveis em países maravilhosos. E ainda estamos na metade!

Thursday, November 5, 2009

Na Letônia

Até o dia de hoje eu não tinha a menor ideia do que esperar de um lugar como Riga. Até então eu nunca tinha ouvido falar de qualquer pessoa que tenha vindo para essas bandas, mas quando vi que o voo que iríamos de Milão para Helsink tinha uma parada num aeroporto RIX comecei a pesquisar. E como é bom nos surpreender!

A cidade de Riga é linda, limpa, organizada. A arquitetura tem traços claros dos países que dominaram a região em diferentes momentos. Sem nenhuma montanha o lugar consegue proporcionar vistas lindas do topo de um hotel, onde tivemos o prazer de passar logo que chegamos.

A impressão que tivemos até o momento (tem apenas quatro horas que estamos aqui) é a melhor possível, ainda mais porque fomos recebidas com neve! Exatamente: a primeira queda de neve foi para nos dar as boas vindas a esse lugar que se tornou tão especial para nós. Amanhã vamos passear de dia, e então seguiremos para a Finlândia, onde os meus amigos Saara e Rodrigo nos esperam.

Ah! Não podia deixar de falar que o Pastor Hans e sua família são pessoas incríveis. Nos receberam sem nos conhecer com tanto amor e atenção que já nos sentimos completamente de casa. E por falar neles, aí vai o blog do Pr. Hans que há três anos mudou de mala e cuia para cá. http://hansletonia.blogspot.com

Sem palavras para falar como tem sido bom esse tempo...

Ps: As fotos vão ficar para depois! Ainda não deu tempo de baixar! E me perdoem por não ter respondido os comentários. Estou lendo todos, mas o tempo tá mega corrido!

Wednesday, November 4, 2009

Milão

É uma cidade bem linda, com pessoas interessantes e elegantérrimas. Mas sinceramente, não é meu lugar favorito e nem é tudo o que eu imaginava. Praticamente a cidade se resume a dois pontos turísticos que são maravilhosos e badalados, mas não passa muito disso.

Nunca vi pessoas tão sem educação na vida. Seja em restaurantes, bancas de jornal, barraquinhas de muambas, lojas finas ou estação de metrô. Quer um bom motivo para brigar com alguém? Peça uma informação em qualquer um desses lugares e prepare-se para uma bela má resposta. Aliás, antes disso prepare-se para receber olhadas de cima a baixo (para ver se seu visual está de acordo com o padrão da cidade), ser ligeiramente ignorado e então receber o tradicional e deselegante atendimento. Se você for muito educado ou falar baixo as pessoas desdenham facilmente, então descobrimos que o ideal sempre é retribuir o "amistoso" tratamento. Juro que não estou brincando e que assim a coisa até dá certo.

Saímos da Suíça, numa viagem de trem imperdível (e inesperada porque parte do trecho planejado infelizmente furou) pelos Alpes e nos surpreendemos com uma Itália com toques de vandalismo (muitas pixações) e indivíduos não tão agradáveis. Sem falar da sujeira extrema em alguns pontos. Uma pena, já que certamente é um país lindo, com uma história cultural enorme, riqueza artística peculiar, arquitetura belíssima, sem falar da culinária espetacular (e como eu amo os queijos e pães daqui...)!

Porém, não quero desanimar ninguém a vir passear pelas bandas de cá. Garanto que é uma cidade bem legal e que em dois dias você dá conta do recado direitinho (pelo menos é a minha opinião).

Sim, valeu muito a pena, principalmente pelas pessoas incríveis que nos hospedaram (brasileiros, é claro) e pela companhia super bacana do Thiago (fala, Milanês!) na tarde de hoje. Mas não podia deixar de ressaltar os lados não tão belos da bela Itália.

De certa forma é reconfortante encontrar lugares que não são tão perfeitos assim.

Amanhã vamos para a Letônia. Só Deus sabe o que nos espera lá.

Ps: As fotos virão depois. :)

Sunday, November 1, 2009

Você precisa saber

Que na Europa as tomadas são diferentes do Brasil. Então ter um adaptador `a mão faz uma grande diferença.

Saturday, October 31, 2009

Gentileza

É o que mais faz diferença nesse mundo. E não importa em qual país você esteja. E isso é uma coisa que nós, brasileiros, sabemos que é uma beleza.

Hoje a moça do supermercado não foi legal porque não sei falar alemão. Tentei no inglês, francês e espanhol. Nada. Apelei para a mímica e dei risada. Ela não achou a menor graça.


Thursday, October 29, 2009

A Europa muda tudo

Já ouvi dizer que Paris muda tudo. Na minha opinião a Europa muda tudo. Porque conhecer um mundo que é tão carregado de História, que possui um senso de civilidade tão grande, que tem uma riqueza cultural tão antiga, muda muita coisa. Muda a sua forma de se ver, de enxergar o mundo, de compreender o que é diferente. Costumo dizer que uma viagem para fora tem o poder de fazer o universo girar dentro do indivíduo, enquanto, de certa forma, o seu local de origem muitas vezes permanece o mesmo. Não, isso não é regra. É apenas a forma que eu penso.

Estar na Suíça me faz sentir tudo isso. Amo a forma como o suíço (e o europeu em geral) cuida do que é seu. E na minha opinião é justamente isso que gera tanta mudança, e tanta diferença. As pessoas respeitam o patrimônio público porque para elas isso lhes pertence. Elas atravessam a rua na faixa de pedestre porque isso é para o bem coletivo. Elas respeitam o que pertence ao outro porque assim o seu bem também é respeitado.Hoje achei lindo um cara sentado na beira de um lago quase no centro da cidade de Zurique com um Mac aberto e trabalhando normalmente. É uma sensação de segurança absurda. Vai tentar fazer o mesmo na Lagoa da Pampulha, em BH...

Então, para mim essa fica sendo a lição de hoje: cuide do que é seu. E isso não quer dizer somente daquilo que tem o seu nome. Cuide da sua cidade, do seu bairro, da sua rua. Cuide da História e da forma como os outros verão o lugar onde você vive. Jogue o lixo no lixo (parece óbvio, mas tem gente que não faz nem isso), não vandalize (escrever o nome em monumentos para “marcar” a sua presença vai por aí), não apoie “atos revolucionários” que se manifestem por meio de depredação. E acima de tudo: seja gentil.

É assim, nos pequenos atos mas na grande consciência, que eu creio que a gente começa a construir uma bela História.



Ps: Nem tudo é perfeito, eu sei. E tenho certeza que mais para frente verei coisas que me levarão a outro tipo de reflexão, mas não podia deixar de escrever sobre esse lado incrível do “Velho Mundo”.

Ps2: De cima para baixo as duas primeiras fotos são de Zurich. As duas de baixo de Luzern e as seguintes de um vilarejo chamado Emmetten.

Monday, October 26, 2009

É hoje!

Hoje começa a minha viagem por 9 países da Europa ao lado de duas amigas incríveis. Vou postando aos poucos por aqui o que estamos fazendo, filmando e produzindo. Vocês podem opinar, comentar e sugerir. O roteiro já está pronto, e vou tentar compartilhar um pouquinho.

Então é isso. Espero que vocês gostem! A largada já foi dada: estamos em Guarulhos esperando o voo!

Sunday, October 25, 2009

Amanhã

Vou postar novidade no blog. É só aguardar. :)

Wednesday, October 14, 2009

Faça valer

Conversando com um amigo lembrei de algo que ouvi da Joyce Meyer há quatro anos.

Sempre que rolam momentos de tensão existem três escolhas:

1- Pressionar agora, romper agora e ter uma vida plena agora.
2- Deixar para pressionar depois e arrastar uma situação desagradável por tempo indeterminado.
3- Não pressionar nunca e viver uma vida medíocre para sempre.

Ou seja, faça a valer a pena. A vida é muito curta para ser uma pessoa pequena ou investir tempo em coisas insignificantes. Plenitude é entender e viver hoje o conceito de felicidade.

Monday, October 12, 2009

Ontem

Tentei ir ao cinema, mas não consegui. O problema? Esqueci identidade em casa. O carinha da bilheteria não acreditou que eu tenho mais de 18 anos.

Saí de lá feliz da vida. Não é todo dia que as pessoas me dão 8 anos a menos.

Tuesday, September 29, 2009

Minha foto na Vogue


Não, eu não virei modelo e nem "fashionista". Aliás, a foto que saiu na Vogue não é comigo, mas é minha. Eu quem fotografei. A foto saiu na sessão Radar Curitiba, falando sobre a Tayê, uma loja super bacana de lingerie que fica na capital paranaense e até dia 18 também ficava em BH. Fiz a foto para o catálogo de inverno numa daquelas surpresas boas e inesperadas.

Aliás, a minha história com a fotografia tem muito a ver com a Tayê. Foi num Chá de Lingerie na loja que conheci a Eugênia (a dona do pedaço). Levei a minha câmera só para fotografar o momento legal de uma amiga e entre um clique e outro a Eugênia me perguntou se eu topava fotografar as clientes da loja. Ela estava procurando uma mulher que topasse o desafio. Topei e fizemos trabalhos bem legais, sem a pretensão de me auto-intitular do que quer que fosse.

E é por isso que fiquei tão surpresa ao ver a minha foto na Vogue (apesar deles não terem dado o devido crédito). Porque adoro quando coisas despretenciosas dão certo. A foto que foi publicada não era a minha favorita, mas fiquei feliz do mesmo jeito.

A foto ilustrando a nota.


Friday, September 25, 2009

De vez em quando me atrevo a divagar..... Divagar devagar.

Enquanto as pessoas tomarem atitudes baseadas no movimento de terceiros, o ciclo vicioso de escravidão e falta de originalidade permanecerá. E isso não é altruísmo ou auto-proteção. É pura fuga. E fugir não leva ninguém a lugar nenhum, só ao mesmo ponto de onde se partiu. E assim que círculos incríveis de 360º são feitos.

Friday, September 18, 2009

A Cabana

Foi o que li essa semana. Confesso que estava com muita preguiça, mas não resisto à livros ganhados ou emprestados. Com A Cabana não foi diferente.

A história é bem triste e começa com o desaparecimento de Missy, uma garotinha de seis anos, durante um acampamento com a família. Com a evidência de que ela havia sido vítima de um serial killer, o pai entra num profundo deserto assim que encontra o vestido da menina sujo de sangue dentro de uma cabana. O deserto denominado de "A Grande Tristeza", acompanha Mackenzie por anos à fio, até que um convite para retornar ao lugar que marcou a tragédia lhe aparece.

A apresentação do livro deixa claro que se trata de um relato verídico, vivenciado por um amigo do autor. Porém já vi uma entrevista em que o cara fala que se trata de um conto. O fato é que o enredo traz a experiência de Mac ao ter a oportunidade de encontrar Deus (Papai), Jesus e o Espírito Santo (Sarayu) no mesmo lugar em que sua filha foi assassinada. E ali, no meio da dor, a cura emergiu diante do relacionamento pessoal com a Trindade. Relacionamento: essa é a temática do livro.

Na minha opinião não interessa se aquilo aconteceu ou não. Porque as experiências que as pessoas têm não são para ser debatidas. Elas podem ser compartilhadas e cabe a cada um acreditar ou não. Mas para mim fica a essência que o conto transmite.

Pode ser chocante lidar com a forma como o autor apresenta a Trindade, mas ao meu ver isso só acontece porque somos tentados à encaixá-la dentro dos nossos achismos. Eu parei de tentar "achar" algo sobre Deus. Porque na minha opinião Ele é e ponto final. Onde Ele está tudo é diferente. E isso não se discute.

A Cabana fala de relacionamento, de vida, de intimidade, de perdão, de pessoas. E gostei da abordagem a esses assuntos não ser do tipo "auto-ajuda", mas sim de "Alto-ajuda". Porque realmente acredito que sem um relacionamento com Deus (seja da forma que for) é muito difícil lidar com os desertos que invariavelmente invadem a vida sem pedir licença. Mac se resgatou ao enfrentar a origem da "Grande Tristeza" e cada dia me convenço mais do poder que há nesses confrontos (sempre que orquestrados pela mão divina).

Gostei também da forma como as discussões teológicas são tecidas, mesmo que não concorde absolutamente com todas as ideias apresentadas. E a minha visão diante disso é simples. Não é errado ter dúvidas, discordar do que você ouve, questionar as ideias apresentadas por aí a fora. Errado, para mim, é se achar dono da verdade e não se abrir para ouvir um outro lado.
É assim que vejo A Cabana. Não uma fórmula pronta, mas um convite para o diálogo.

Thursday, September 17, 2009

Les trois petits chats

É o nome da música que o professor passou na aula de francês essa semana. É bem bobinha, mas adorei. É muito legal ver a identidade cultural manifesta até numa musiquinha infantil.



Para os curiosos, aí vai a letra.

Un, deux, trois
Trois petits chats
Trois vilains petits fripons
L'autre nuit
Sans un bruit
Sont entrés dans ma maison

Sont allés dans la cuisine
Ont renversé la farine
Et se sont roulés dedans
En sont ressontis tout blanc

Deguisés en chevaliers
Se battent à grand coups d'épée
Crèvent tous le oreillers
Et téléphonent aux pompiers

Hop, les voilá repartis
En un clin d'oeil dans la nuit
Et le dernier qui est sorti
A fait pipi sur le tapis

Monday, September 14, 2009

Por Elise

Há alguns dias fui ao teatro super bem acompanhada de queridas amigas. Num daqueles convites de última hora que amo, e que 97% das vezes aceito, assisti à peça Por Elise, da companhia Espanca!. A amiga querida que sempre faz os convites mais irresistíveis, jurou que era uma comédia, mas apesar das risadas, não se trata de um retrato cômico. Pelo contrário. É uma peça que fala das coisas simples da vida, como o correr de um lixeiro, histórias de vizinhos, galinhas e cachorro. Mas pensando bem, até que podia ser uma comédia. Tem coisa mais hilária que o cotidiano ordinário?

Por Elise é uma peça é linda, altamente recomendável e não há contra indicações. Ela me agradou pelas reflexões inesperadas, pelos diálogos bem amarrados e pela forma como os personagens e suas histórias interagem. Destaque para o cachorro (ou melhor, o ator que o interpretou), que ao meu ver roubou cada cena em que apareceu.

O texto bem escrito, o figurino despretencioso e a inexistência do cenário, reforçaram o conceito da simplicidade e ainda ressaltaram a qualidade dos atores, que delicadamente abordaram os assuntos com intensidade e singeleza.

O que abstraí da peça?

1- É preciso ter cuidado com o que se planta no mundo.
2- Algumas situações na vida caem sem aviso, como abacates maduros. E não dá para usar colchões para amortecer a queda.
3- Contra a perda não há como se proteger.

Nem comédia, nem drama. Por Elise é pura poesia.

Friday, September 4, 2009

Do blog da Angel

Li um texto no blog da minha amiga e jornalista Angélica que adorei. Gostei porque ela falou uma coisa sobre a qual já tenho pensado. Não podia deixar de postá-lo aqui.

Um escândalo ainda é escândalo mesmo se você não falar sobre ele na hora?

A febre do twitter na mídia me fez cansar um pouco de ouvir fala dele. De repente, um canal de informação, bate-papo, virou o lugar da imprensa marrom fazer a festa. Parece que posso ser invadida a cada postagem nova. Um simples erro, acredito eu, nunca foi tão sabatinado como o da Sasha. Claro que cresceu devido ao erro da mãe ao tentar defender a filha. Foi como se tivesse tentado apagar uma chama com um litro de alcool. De qualquer forma, ele também pode ser visto como mídia viral. Ninguém prestava atenção ao filme da Xuxa até a celebre postagem. Um super marketing espontâneo. A chevrolet deve tá se mordendo...


Mas não é isso que vem ao caso. O que acontece que pintou o medo de que qq coisa que vc escrever pode se virar contra você no mesmo segundo. Acaba perdendo a espontaneidade. E não venha me dizer que é possível bloquear o conteúdo. Qualquer pessoa com o mínimo de informação sobre a rede consegue, sem custo e em pouco tempo, um programa para ver perfis bloqueados.

Aí é que entra a minha pergunta. Continuar a usar o sistema não é uma forma de dar uma força para que a invasão de privacidade se mantenha em ascensão na mídia? Será exaltar o estilo de vida voyerista que o mundo ocidental resolveu por abraçar com tanto empenho? Afinal, estamos em na fase (ou período) da velhinha fofoqueira do interior elevada à um exponêncial sem precedentes. Aquela que passava a noite na janela para ver o que acontecia na vizinhança para no dia seguinte sair contando para todos.

Me sinto como dentro do seriado Gossip Girl. Somos todos as vizinhas fofoqueiras e todos os possíveis caluniados e difamados.

Angélica Castro - http://loremips-um.blogspot.com/

Ps: Eu, Iana, adorei a parte da velhinha.

Thursday, September 3, 2009

Aprendi em São Paulo

Foi em Sampa que descobri como é legal ter sempre algo para ler dentro do carro. Na realidade na primeira vez em que fui à cidade a trabalho (e lá se vão uns 7 anos), não entendia porque todo taxi tinha um monte de revistas. Bastou pegar a Marginal para entender.

Ainda bem que fui espertinha e apliquei a ideia no trânsito belorizontino. Virou meu lugar favorito para colocar a leitura em dia.

Monday, August 31, 2009

8

É o número mínimo de posts que quero produzir por mês. Não é por nenhuma razão lógica, só a vontade de escrever muito. Porque meu mundo pode ser muito maior do que eu mesma imagino. E é justamente escrevendo que o expando.

Mulherzinha

Gosto de coisas desse estilo. Aliás, uma das partes mais bacanas de ser o tal "sexo frágil", que de frágil não tem nada, é poder usar e abusar desse universo feminino tão lindo.

Hoje achei nas minhas coisas o cartão de uma amiga-de-outra-amiga, que é talentosíssima. Não podia deixar de recomendar o trabalho da Ju. Primeiro porque ela é boa de serviço (como dizemos nas bandas de Minas) e depois porque ela é uma graça. E quando a coisa é boa a gente recomenda. Para quem curte patchwork, a indicação é daquelas! Se não me engano ela entrega em todo Brasil.

http://jujufigueiredopatchwork.blogspot.com/

Ps: Os comentários do outro post eu respondo amanhã. Não resisti às coisas lindas da Ju. :)

Friday, August 28, 2009

Healer

Ao ouvir essa música pela primeira vez comecei a chorar. Copiosamente. Uma frase gritou para mim, e naquele minuto, só para mim: "You have my world in Your hands" (Você tem o meu mundo em Suas mãos).

Temos a tendência a achar o nosso mundo complexo, a supervalorizar os conflitos, a considerar em demasia coisas pequenas. Porém, na tarde em que ouvi essa canção umas 327 vezes seguidas, meus problemas pareceram desaparecer diante de tal verdade: Deus tem o meu mundo em Suas mãos.

Por mais que invariavelmente eu acabe atrapalhando tudo, que eu faça escolhas não tão acertadas, por mais que eu minta para mim mesma, por mais que eu me torne uma intelectual movida pelo racional, por mais que outros crentes envergonhem o meu Deus, por mais que ridicularizem a razão da minha fé. Não consigo escapar pelos dedos de Deus. E isso deve pelo simples fato de que o meu mundo tem um lugar definido. E eu sei que lugar é esse.

Sim, Deus é mais do que suficiente para mim. E isso me basta. Uma coisa é fato: se o meu mundo está nas Suas mãos, basta inclinar meu rosto para o alto para vislumbrar o olhar mais doce, aconchegante, libertador, firme, apaixonante e incrível de todos os tempos. E como amo esse olhar tão transbordante de amor.



Em tempo: Depois da gravação desse show foi descoberto que o cara que cantou essa música mentiu por dois anos sobre o cancer terminal que dizia sofrer (motivo pelo qual ele usa oxigênio nas narinas). Mas que saber de uma coisa? Para mim não faz diferença. Eu acredito nesse Deus, por mais que pessoalmente não acredite tanto no ser humano. Porque mesmo que o que o carinha cantou seja baseado numa mentira que ele mesmo vive, Deus é Deus. E Ele não tem nada a ver com a falha de caráter do Homem. Aliás, com o tempo aprendi que a falha de caráter das pessoas não invalida o caráter do meu Deus. Pelo contrário! Se Ele é capaz de amar alguém que O envergonha de tal forma, então essa se torna a maior prova de divindade que já vi.

Enfim, continuo cantando Healer à plenos pulmões e a recomendar o vídeo acima, que é lindo.

Ps: Sobre o post anterior, decidi não responder à nenhum comentário individualmente (e esse texto não tem nada a ver com o assunto). Mas agradeço encarecidamente aos que com honestidade, delicadeza e polidez se manifestaram da forma que foi mais conveniente. Admiro quem tem o poder de discordar, mas não suporto (com todo o peso que essa palavra tem), quem não tem coragem de assinar suas próprias convicções. Aceitei todos os comentários que foram postados porque acho justo expor as opiniões distoantes, uma prova de toda a minha cordialidade com quem investe tempo em escrever na expectativa de ser lido. Mas depois de pensar um bocado cheguei à seguinte conclusão: não vou mais aceitar comentários anônimos, ofensivos ou perguntas descontextualizadas. Porque se você emprega tempo vindo aqui, lendo meus textos cavalares (como uma vez disseram), um motivo há. E espero sinceramente que a razão não seja somente criticar as pessoas. Os assuntos é que são para serem debatidos. E só eles. E como o blog é meu, acho que tenho esse direito, né. O i-relevante não é um campo de batalha e não gostaria que ele assim se tornasse. Polêmica é uma coisa, discussões tensas (para não dizer brigas) são outra. Enfim... Que assim seja.

Thursday, August 27, 2009

Vale a pena?

É o que pensei hoje. Que o Orkut é uma péssima ideia eu descobri há tempos. Que Fotolog não tem nada a ver comigo, idem. Mas eu juro que apostava no Blog e no Twitter como ferramentas sociais interessantes, úteis, inteligentes. Porque se nas primeiras opções que citei o voyerismo puro e simples é alimentado, nas últimas duas, em que eu apostava, pessoalmente acreditava mais como instrumentos de reflexão, discussão, crescimento, e é claro, relacionamento. E quem não quer crescer? Quem não quer aprender com o outro? Quem não quer ver suas ideias ganhando espaço e fôlego em mentes alheias? Quem não quer conhecer gente inteligente? Quem não quer descobrir novas nuances da própria personalidade? Eu sempre quis. Mas hoje começo a pensar: vale a pena? Ainda não sei.

Quase todas as minhas tentativas virtuais foram fracassadas. A maior parte virou um pesadelo. Por quê? Ainda não entendi muito bem. Na realidade não consigo entender porque o fato de eu dançar incomoda tanto. E aliás, porque essa parte da minha vida (que incrivelmente é a que menos me ocupa atualmente) me faz refém de coisas tão desnecessárias. Eu amo o que eu faço, mas o que eu faço não me faz. Seria muito fácil me apoiar nisso, mas a minha decisão diária é não o fazer. Minhas atividades não podem ser maiores que o meu caráter. O lugar onde eu trabalho não pode ser maior que as minhas ideias. O que vivi por 12 anos não pode ser mais importante do que 26.

O fato de eu estar num grupo X não me obriga a ser exatamente da forma como as pessoas esperam que eu seja. Porque antes do que eu faço, eu sou. E quem eu sou? A Iana. E só ela. Uma pessoa que ama tudo o que faz, mas que sabe exatamente que isso não me faz diferente de ninguém. Sim, sou intensa, densa e minhas palavras tem exatamente o peso da minha personalidade. Amo e odeio. Detesto e adoro. Não suporto e me encanto. E é isso.

Enfim, esses são só devaneios de quem hoje está pensando seriamente em dar um basta. Porque no final das contas o que a gente busca é sempre a paz.

Ps: Sobre o aniversário, agradeço de coração aos queridos que se manifestaram. Não o fiz antes porque estava preparando um post só para isso. Mas enfim... A gente infelizmente não consegue fazer tudo o que quer, não é mesmo?

Thursday, August 20, 2009

Tuesday, August 18, 2009

O casamento da minha melhor amiga

Eu sei que tenho algumas melhores amigas, mas a Pri sempre será especial. Me lembro de quando a vi pela primeira vez. Ela entrou pela sala de aula ainda sem uniforme, com o cabelo curtinho, meio desajeitada e nitidamente sem lugar. Ela andou com passos rápidos, como quem procura desaparecer o quanto antes, até a única cadeira livre. Foi o que bastou. Era a 4ª G, turma de 1994. Tínhamos 10 anos.

Gostei dela logo de cara. Sem motivo. Simplesmente gostei. E acho que ela gostou de mim também. Não me lembro como foi a primeira conversa ou quem puxou papo. Só sei que quando dei por mim já passávamos tardes na casa uma da outra. A nossa amizade sobreviveu à infância, à adolescência e chegou à vida adulta. Como? Não faço a menor ideia. Só sei que não lembro de mim sem a Pri, porque na minha memória ela sempre está lá. No final de 1995 a Rol chegou e como um cordão de três dobras o nosso relacionamento ficou ainda mais forte.

Não sei a receita para uma amizade durar, mas sei bem porque tenho a Pri e ela tem a mim (e juntas temos também a Rol). Porque não somos egoístas. Porque sabemos ouvir. Porque podemos falar. Porque amamos passar tempo juntas. Porque confiamos. Porque nos respeitamos. Porque também temos outras amigas. Porque queremos apenas o nosso bem. Porque brigamos. Porque temos segredos. Porque nos amamos.

E foi como quem carrega um tesouro que eu e o Fred fomos para São Paulo para sermos padrinhos do casamento da Pri e do Rodrigo. Porque antes de eu e o Fred sermos um casal; nós fomos um quinteto: eu, Pri, Rol, Fred e João (que infelizmente com o tempo parou de andar conosco).

Estar ao lado da minha amiga durante todo o dia de noiva foi perfeito. Pri, Carol e Iana. Ou seria Pricaroliana? Mal pude acreditar ao nos ver ali, no carro, levando a Pri para se casar com o Rodrigo. As três de mãos dadas. Se emocionando e rindo juntas. Caminhando para a realização do sonho da Pri. Aliás, para o sonho de nós três. Se me lembro quando a vi pela primeira vez, tenho certeza que jamais me esquecerei do que testemunhei naquele sábado. Uma noiva linda. Tão Pri. Tão minha amiga.

Uma coisa eu garanto: ver melhor amiga casando é uma alegria inimaginável. Por quê? Porque é um pedacinho seu e fazer parte de tudo isso é algo totalmente sem palavras. E deve ser exatamente por isso que não consegui escrever nada no cartão com a qual a presenteei. Porque diante de tanta alegria eu, inacreditavelmente, emudeci. Emudeci e chorei. Lágrimas deliciosas de alegria.

Bonita, agora sim. Eis o cartão do seu presente de casamento. Amo você. Sempre. E para sempre.

A noiva.

As mocinhas.

Éramos cinco.

Não basta ser madrinha...

A valsa.

Os padrinhos. E a valsa dos padrinhos.

E o bouquet foi parar na mão de quem?

Nas nossas!

Agora sim! Sra. Priscila Narvaes Campos Ribas.

Monday, August 17, 2009

Sem tempo

É como estou. E quero muito atualizar o blog. Essa semana vai. Prometo.

Friday, August 7, 2009

Sampa

Estou em Sampa nesses dias. E como amo esse lugar... 

Thursday, August 6, 2009

Mudanças

Não é ruim mudar. O problema é não saber lidar com o que é diferente daquilo que já se está acostumado.

Friday, July 31, 2009

Sobre o perdão

Lendo um livro hoje achei um insight bem interessante.

"Todo homem que perdoa paga um preço enorme - o preço do mal que ele perdoou". (Aluízio A. Silva).

O autor usa o seguinte exemplo para justificar a fala. "Se eu quebro um vaso precioso e você me perdoa, você sai perdendo e eu saio livre. Suponha que eu estrague a sua reputação. Para me perdoar você deve aceitar as consequências do meu pecado e deixar que eu fique livre".

O meu liberar de perdão independe do arrependimento do outro. Porque essa é uma postura minha. E escolher não guardar ressentimentos, mesmo que eu tenha todas as justificativas do mundo, é a verdadeira prova de liberdade.

Tuesday, July 28, 2009

Comme des enfants

Não é segredo para ninguém que ando com muita mania de coisas francesas. Esse vídeo foi minha amiga Yolanda que enviou e não resisti. Muito lindinho e altamente indicado.

Coeur de Pirate é uma banda do Quebéc liderada por Béatrice Martin, que tem uma voz agradabilíssima e é super linda. Sem falar que o clip é uma graça. O nome da música é Comme des enfants, que significa "como as crianças". Adorei.

Ficam aí a dica e a letra para quem quiser acompanhar.



Comme des enfants

Alors tu vois, comme tout se mele
Et du coeur a tes levres, je deviens un casse-tete
Ton rire me crit, de te lacher
Avant de perdre prise, et d'abandonner
Car je ne t'en demanderai jamais autant
Deja que tu me traites, comme un grand enfant
Nous avons plue rien, a risquer
A part nos vies qu'on laisse de cote

Et il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort

C'en est assez de c'etait doublements
C'est plus dure faire, qu'autrement
Car sans rire c'est plus facile de rever
A ce qu'on ne pourra, jamais plus toucher
On se prend la main, comme des enfants
Le bonheur aux lvres, un peu naivement
Et on marche ensemble, d'un pas decide
Alors que nos tetes nous crient de tout arreter

Il m'aime encore, et toi tu m'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Et malgr a il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort

Encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Et malgre ca il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Et malgre ca il, m'aime encore, et moi je t'aime un plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Et malgre ca il, m'aime encore et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort

Monday, July 27, 2009

Como assim?

Cheguei hoje ao trabalho e comecei a rotina de sempre: verificar e responder e-mails, fazer algumas ligações, organizar a "to do list", conferir o Twitter, moderar os comentários do I-relevante. Mas qual não foi a minha surpresa ao ver um recado sobre um blog que replica os posts do meu. Até então tudo bem. Aliás, é muito bom saber que meus textos ganharam vida própria, se tornaram independentes e começam a andar sozinhos por aí. Isso é: desde que estejam devidamente creditados, com a referência correta de quem o escreveu.

Infelizmente não foi o caso do blog citado. A mocinha em questão usou várias postagens como se fossem dela. E tem até uma que ela aproveita a estrutura que escrevi e substitui apenas as minhas experiências relatadas.

Não, eu não fiquei brava, mas confesso a minha surpresa. E isso sempre acontece quando vejo perfis fakes em redes sociais, o que para mim se trata do reflexo de pessoas que assumem personalidades que não lhe pertencem. Porque isso é viver de mentira, é querer ser alguém que não se é. É ignorar a sua essência própria e buscar a de outro. É se apropriar de algo que não é seu. E isso é errado.

O problema é que na internet as pessoas podem ser quem elas quiserem. É possível inventar personagens, agregar características, assumir outra vida, escrever coisas que não tem coragem de falar ou assinar. E isso acontece porque a internet aceita tudo. Mas e você? Você se aceita? Para mim essa é a pergunta chave.

Não tenha medo de ser você mesmo. Não tenha medo de expor as suas ideias ou de assinar aquilo que você escreve. Mas também não sinta receio em admirar alguém. Admiração nunca é problema. O problema é não ser autêntico o suficiente para assumir. É permitir que essa admiração se torne maior que a sua própria personalidade.

Você pode conseguir enganar algumas pessoas e até começar a acreditar naquilo que você mesmo criou, mas sou obrigada a dizer o que isso representa para mim. Na minha modesta opinião esse é um problema de caráter.

Enfim... Por alguma razão acho que esse post ela não irá replicar.

Ps: Só para reiterar: eu adoro quando vejo meus textos em outros blogs. Isso realmente me faz mega feliz. Mas desde que eles sejam devidamente creditados, ok?

Wednesday, July 22, 2009

Flickr 3

Atualizei hoje o Flickr. E na minha opinião a foto mais linda é essa aqui.
Também tem outras legais que gostei bastante.
E para ninguém falar que só fotografei na vertical, vai essa aqui, que eu também amei.

E para quem curte, o blog ganhou também uma coluna lateral com as últimas fotos do Flickr.

Ps: Fotos do evento do DT que aconteceu em Imperatriz no dia 18 de julho.

Tuesday, July 21, 2009

Sobre a tolerância

Há umas semanas a Época publicou uma matéria falando sobre a trégua que um líder muçulmano e um pastor cristão travaram em prol da paz na Nigéria. Um líder muçulmano e um pastor juntos? Sim. Sem falar que um foi o responsável pela morte da família do outro. E o outro pelo braço amputado de um.

Sinceramente não creio que isso seja ecumenismo e muito menos sincretismo. É tolerância. É respeito à vida. É amor ao próximo. Tolerar não significa mudar suas convicções, mas é não colocá-las acima da sua humanidade. Ao ler a matéria me lembrei do vídeo que compartilhei no post anterior. Você pode achar suas raízes superiores e querer seguir sozinho. Aliás, você pode usar a cultura como uma barreira intransponível. Mas há também a possibilidade de deixar o egocentrismo, o preconceito, de lado e buscar saídas juntos. O erro de uma pessoa (ou de uma sociedade) não desobriga a outra de buscar o certo. E não estou falando de religião.

No caso dos líderes que a matéria cita eu tenho certeza que a dor que um causou ao outro não passou. O braço do pastor não foi restituído. A família do líder islâmico também não. Mas ao decidir pelo perdão eles dão uma chance ao fim do círculo vicioso que o ódio alimenta.

Sim, sou utópica. Mas quem nunca sonhou com o fim dos conflitos étnicos que atire a primeira pedra.

“Não perdoar é como tomar veneno e esperar que o inimigo morra”
IMÃ MUHAMMAD ASHAFA, líder muçulmano da Nigéria

“Fomos programados para matar. Agora, precisamos nos reprogramar para a paz”
PASTOR JAMES WUYE, líder cristão da Nigéria


Ps: Sei que tenho falado muito aqui sobre se colocar no lugar do outro, mas sinceramente creio que esse é um assunto que não se esgota. E incentivar a reflexão sobre o respeito nunca é demais.
Ps2: Muito obrigada a Paula e ao Paulo Victor por encontrarem o link da matéria! :)

Friday, July 17, 2009

Strangers

Eu quero muito escrever sobre uma matéria que li esses dias. Aí vi esse curta que serve como um aquecimento para o assunto.

Vale muito a pena assistir.

Thursday, July 16, 2009

Signs

O vídeo não é novo. Na realidade o vi há séculos por indicação do Bressane. Mas hoje o assisti novamente e me deu vontade de postar.

Lindo. Um curta que fala sobre proximidade e distância, comunicação, oportunidades e pessoas. Como diria Jhon Le Carré: "A escrivaninha é um lugar perigoso de onde observar o mundo".

Por isso fica a dica: não apenas olhe sempre pela janela. Ouse também sair dela.


Tuesday, July 14, 2009

Jarbas não quer voar

É o nome do livro que ganhei do João Marcos, um desenhista super fera com quem cruzei há uns anos. Aliás, ele não é só desenista. Ele é mestre em Artes Visuais, professor universitário, ilustrador, chargista, quadrinista e roteirista (de ninguém menos do que da Maurício de Sousa Produções). É pouco ou quer mais?

Sim o João Marcos é muito bom no que faz e me agraciou com o novo livro, que é lindo. Lindo mesmo, do enredo ao traço.

Jarbas era um menino comum, até descobrir que tinha asas (a Ivy, que sempre diz que é a "Menina de Asas" adorou) e se tornar uma celebridade. A história parte daí e funciona como uma crítica a essa cultura tão contemporânea, enfocando as consequências no universo infantil.

Gostei tanto que não poderia deixar de comentar aqui. Porque eu realmente acredito que o gosto pela leitura e o senso crítico começam a ser formados na infância. E isso é algo simplesmente fundamental para o indivíduo. Fica aí a minha dia.

Valeu, João Marcos! Palmas para você!

Ps: Para que se interessar, esse é o site/blog do João Marcos:
http://www.mendelevio.com.br/

Thursday, July 9, 2009

A culpa é de quem?

Adão culpou a Eva. Clinton culpou a Mônica. Os árabes culparam os americanos. Os americanos culparam o Islã. Os ingleses sempre culpam os franceses, e os franceses estão aprendendo a culpar os chineses. Os brasileiros culpam os políticos. E o povo culpa a Igreja. Mas a culpa é de quem?

Desde sempre as pessoas tentam empurrar para o outro a responsabilidade. Sinceramente não gosto dos discursos que apontam a Sociedade ou a Igreja como culpados pelo o que quer que seja. Sim, ambas são falhas, mas só o são porque são compostas por pessoas. E ninguém é perfeito.

É cômodo colocar a culpa na Igreja. É fácil falar que o problema é a Sociedade E até faz sentido, afinal esses dois elementos representativos são super protagonistas da História desde que o mundo existe. Mas essa não é a origem. A forma como a Igreja e a Sociedade se comportam são apenas os reflexos de algo infinitamente mais complexo: caráter.

Se eu sou parte da Igreja, a culpa se torna também minha. Ao falar que a Igreja não faz nada, é dizer que você mesmo não faz. Porque a Igreja é você. Sou eu. Afinal, são as pessoas que fazem as instituições e não o contrário. E todas as tentativas de fazer o oposto foram desastrosas.

É fácil falar que a Igreja não se importa com as pessoas. Mas você se importa? Você é capaz de perdoar alguém que errou feio? Você é capaz de deixar de comprar algo ao ver alguém que você não conhece passando necessidade e oferecer o seu próprio dinheiro? Você consegue tratar todas as pessoas da mesma forma, sem nenhum tipo de acepção? Eu confesso: ainda não.

É justificável também culpar os jeitinhos da Sociedade. Mas você paga seus impostos corretamente? Você fala sempre a verdade? Você já tentou se dar bem em cima de alguém? Você já foi tentado a subornar (tipo o carinha que precisa liberar um documento urgente)? Você já aceitou algo que não deveria?

Você, você, você. Eu, eu, eu. Somos egocêntricos e nos esquecemos de que o mundo não se resume aos nossos achismos, às nossas convicções, ao nosso ponto de vista.

Tenho aprendido a não olhar a falha do outro, mas antes examino a mim mesma. Tenho exercitado não expor o erro alheio, mas oferecer a mão, ou melhor: oferecer a segunda chance. Aprendi a pedir perdão, ainda que eu tenha a certeza de que eu fui a injustiçada. Tenho exercitado não mentir, ainda que eu me prejudique. Tenho tentado ser solidária, ainda que eu sinta que as minhas necessidades não tenham sido satisfeitas. Porque é isso que espero da Igreja. É isso que espero da Sociedade.

Aprendi a começar em mim ao invés de esperar do outro e dessa forma espero construir um outro referencial de Igreja e de Sociedade. Não um referencial de perfeição, mas de tentativa. Afinal, se eu sou parte da Igreja e da Sociedade, assim me torno. Porque aprendi que só as minhas críticas (geralmente ácidas) matam, mas a atitude gera vida. E uma coisa eu posso dizer: ainda tenho muito que caminhar...

Wednesday, July 8, 2009

Gravação do DT: Dia 1/8/2009

Pessoal,

Agora é oficial: a gravação do DT será dia primeiro de agosto na Praça da Estação, no centro de BH.

Para quem curte o estilo, com certeza será um bom programa. Ainda mais porque a entrada é franca.

Quem puder, divulgue!

Cara nova

É o que o blog começou a ganhar. E acho que um enfoque novo também (ou não). Estou pensando a respeito. Em breve post novo na área!

Aos que sempre aparecem pelas minhas I-relevâncias: obrigada pela visita! Cada dia curto mais isso aqui. ;)

Tuesday, June 30, 2009

Eu também quero falar do Michael Jackson

Ele morreu. Sim, todos morrerão um dia. Mas o mundo parou por causa dele. Por quê?

Que Michael Jackson foi um ícone da música é indiscutível. Mas ele foi também um ícone da auto-rejeição e da infelicidade. Aliás, qual outro motivo levaria uma pessoa a se mudar tanto ao longo dos anos?

Sou a favor da tecnologia e acho lindo o que ela proporciona. Sou a favor de intervenções cirúrgicas e da utilização de recursos para que você se sinta bem consigo mesmo. Porém há sempre um limite simplesmente porque existem coisas que cirurgia nenhuma consegue consertar. E traumas, problemas de aceitação, sentimento de rejeição só são resolvidos com a ajuda de Deus (e uma boa dose de terapia).

Eu sinto pena do Michael Jackson, mas não vou sentir falta dele. Não sentirei falta de vê-lo se mutilar a cada nova plástica, não sentirei falta das bizarrices que ele protagonizou e nem dos inúmeros escândalos em que ele se envolveu. Mas lamento profundamente porque apesar de tanto sucesso, tanta fama, tanto dinheiro, ele nunca conseguiu o principal a qualquer ser humano: se aceitar. E se as pessoas querem um motivo para chorar, certamente essa é uma boa razão.

Monday, June 22, 2009

Porque sou jornalista


Sempre gostei de escrever e ouvia com frequência que levava jeito para coisa. Minha primeira redação com “estrelinhas” foi aos nove anos e gostei tanto da sensação que nunca mais parei.

Na época do vestibular fiquei na dúvida entre Relações Internacionais, Turismo e Jornalismo. Minha primeira opção era RI, coisa de quem se apaixonou perdidamente pelos modelos das Nações Unidas. Mas como não queria errar na escolha orei a Deus pedindo que eu passasse somente no curso que Ele tinha para mim. E foi assim que comecei a estudar Comunicação Social em 2002.

No tempo da faculdade eu trabalhei tanto que confesso não ter aproveitado tudo que eu podia e queria. Não deu para fazer parte de projetos de pesquisa, não deu para ficar batendo papo nos corredores, não foi possível dar monitoria e não fiz todos os estágios com os quais eu sonhava. Isso porque assim como milhares de brasileiros eu precisava pagar a faculdade, e as remunerações (quando existiam) não eram suficientes. Sendo assim, trabalhei (na área), e muito, desde o dia seguinte que passei no vestibular até hoje. Formei há pouco mais de três anos e adoro preencher o campo profissão em qualquer formulário. Sou jornalista, e com muito orgulho. Por formação, por vocação, por convicção, por paixão.

Agora o Supremos optou pela não obrigatoriedade do diploma no exercício do jornalismo. Se isso me chateia? Não. Se tira o valor do meu esforço? Não. Se me desmerece? Não. Se me desrespeita? Sim. Não me chateia porque um diploma em mãos não quer dizer que se é um bom profissional. Não tira o meu esforço porque aprendi muito em quatro anos trabalhando de manhã e a tarde e estudando a noite. E não me desmerece porque a formação crítica que construí ali ninguém me tira. Nem o Supremo. Mas essa decisão desrespeita, e muito, a mim e aos meus colegas de profissão.

Dizer que qualquer um pode ser jornalista é verdade. Pode sim. Ainda mais em tempos em que a internet permite que blogueiros que escrevem errado se tornem celebridades. Mas ser um bom profissional não é para todos. É para poucos. É para aqueles que amam o que fazem, e que sabem que qualquer atividade começa com respeito. Respeito pela informação, pela fonte, pelo assunto abordado, pela boa apuração, pelo leitor, ouvinte ou espectador. Respeito pelo português bem falado, bem escrito, bem articulado. Respeito pelos fatos, pela Verdade e pela História. E se a faculdade não faz pessoas melhores ou piores ela ensina pelo menos o que esses conceitos significam.

Sou jornalista e não acho que ninguém rasgou o meu diploma. Porque não é um documento na parede, um registro profissional na carteira ou um título que provam quem eu sou. Eles são a evidência da escolha que eu fiz e a prova de que busquei lapidar meu talento e me apresentar apta para o mercado. E para isso eu estudei, e muito. Valorizo a dedicação a um curso superior, porque é a prova que você respeita a sua profissão. E a minha eu respeito.

Quem perde nisso tudo é o próprio Brasil, mais uma vez. Em um país com índice de escolaridade tão baixo a decisão do STJ reforça a teoria nacional de que com jeitinho todo mundo se dá bem. Afinal, se para atuar em uma área que implica a formação de opinião de um país não se precisa de estudo formal, fazer o quê? Aliás, acabei de me lembrar... Por aqui nem o presidente tem curso superior.

Monday, June 15, 2009

Flickr 2

E hoje tem mais atualização no Flickr. As fotos foram do musical Uma noite na Broadway realizado pelos alunos de Artes Cênicas, Música e Educação Física da UFMG, que aconteceu em outubro do ano passado. A proposta foi trazer de uma forma muito dinâmica as músicas mais marcantes de grandes musicais como A Bela e a Fera, Aladin, O Fantasma da Ópera, Rei Leão, Os Miseráveis, à preços populares.

Apesar dos cenários e figurinos bem simples, a produção, que foi dos próprios universitários com apoio dos professores, superou e muito as minhas espectativas.

Para ver todas, clique aqui: http://www.flickr.com/photos/ianacoimbra/



Friday, June 12, 2009

O QUE NÃO É UM NAMORADO

Todo mundo sabe como um namorado deve ser. Mas você sabe o que ele não é? Foi o que eu fiquei pensando hoje nesse dia tão sugestivo...

Namorado não é a pessoa que fica por sua conta 24 horas por dia. Mas é quem faz cinco minutos durarem eternamente.

Namorado não é a pessoa que concorda com tudo o que você pensa, fala ou faz. Namorado é quem mantém a opinião própria, mas admira e respeita profundamente cada nuance da sua personalidade.

Namorado não é motorista, não é garçom e não é banco. Mas é o cara que te leva e traz porque ama a sua companhia, que te serve porque quer te ver bem e que paga a conta porque sabe que cavalheirismo faz toda a diferença.

Namorado não é pai. Porque esses dois papéis são completamente diferentes e insubstituíveis. E por mais que existam características de um pai que você ame, um namorado nunca será um clone. Então não insista!

Namorado também não é mãe. Ele pode cuidar quando você fica doente, te levar ao médico mesmo se for só uma virose e te ligar para ter certeza que você almoçou direitinho. Mas ele jamais pode ocupar o papel que não o pertence.

Namorado não é a melhor amiga. Ele não é obrigado a saber cores de esmaltes, nomes de estilistas ou se interessar pela última comédia romântica em cartaz. Mas ele pode aprender a respeitar esse delicioso mundo “mulherzinha” se você, com muita paciência, explicar tim-tim por tim-tim e não se irritar ao perceber que ele não se interessa muito. E te garanto: ele vai adorar que você tenha uma melhor amiga para essas coisas.

Namorado não é seu irmão. E nunca vai ser. Então é muito bom entender bem isso e ponto final.

Namorado não é chefe (mesmo que vocês trabalhem juntos). Porque em um relacionamento ninguém manda em ninguém.

Namorado não é vidente. Então se algo acontecer e ele perguntar trinta vezes a razão de você estar emburrada, não responda o clássico: Nada. Se você não falar o que a incomoda, ele nunca saberá. E você sozinha será o motivo de tamanha frustração.

Namorado não é super homem, por mais que se pareça com o Clark Kent. Ele erra, tem milhares de defeitos e não é o mais forte do mundo. Mas ele pode se esforçar ao máximo para tentar acertar e fazer tudo por você porque ele te ama e quer te ver feliz.

Namorado não é Deus. Ele não faz milagres, não faz coisas impossíveis, não é onisciente, nem onipresente e muito menos onipotente. Mas ele pode buscar ser bem amigo de Deus. E isso sim, faz toda a diferença.

E namorado não é feito de sonhos. Ele é aquele cara legal e bem real, que você admira de verdade, ao lado de quem você tem prazer em estar e em quem você investe tempo e afeto. Namorado é aquele que faz valer a pena e com quem você adora conversar. Ele não é o príncipe encantado, mas tem o dom sublime de fazer você se sentir uma princesa e a mulher mais importante do mundo. Ou melhor: a única.

E é assim que eu me sinto.