Saturday, January 2, 2010

2009

Eu vivi 2009. Muito. O vi passar por mim a cada dia e não abri mão das oportunidades que ele me proporcionou. O ano que se encerrou há pouco trouxe a mim uma miscelânia de experiências e urgências. Foram cenários, lugares, momentos e tanta riqueza. Esse foi um ano que não tive pressa de passar. O quis devagar, no seu tempo certo, me proporcionando alegrias e tristezas únicas, coisa de quem só se vive uma vez.

Recebi 2009 de braços abertos. Transformei minhas frustrações dos anos anteriores em esperança, erros em novas oportunidades, e tragédias em comédia. Porque eu não tenho outro dia, e muito menos outro ano, para viver. Eu tenho o hoje. E que ele seja lindo, delicado, intenso e vivo.

Em 2009 vivi. E não me canso de dizer isso. Porque não deixei a vista cansada tirar a beleza das paisagens, e nem a pequenez do dia a dia exaurir o meu cotidiano. Eu dancei escondida no meu quarto, eu corri na chuva, cantei sozinha no meio da rua, li livros no trânsito, dormi na casa de desconhecidos, fiz incríveis amigos, chorei `a exaustão, sofri somente o necessário, andei de bicicleta, viajei por onde nunca imaginei, me perdi de mapa na mão, comi comidas estranhas e divinas, fotografei e fui fotografada, escrevi para mim e para os outros, fui surpreendida pelo comum e assombrada pelo extraordinário. Em 2009 sonhei, mas de olhos bem abertos, para não perder nada. E é assim que defino esse ano tão redondo: o melhor da minha vida.

Recebo 2010 com aquele frio na barriga de quem não sabe exatamente o que vem pela frente, mas que tem a consciência da grandeza e da responsabilidade de se construir uma vida bela na simplicidade do dia a dia. E nesse momento me lembro do que um querido amigo francês me disse na minha última noite do mochilão: "Você tem uma vida plena". Quando olho para 2009 é examente assim que vejo: plenitude.

Enfim, que 2010 seja um ano pleno, para mim e para você.