Tuesday, June 30, 2009

Eu também quero falar do Michael Jackson

Ele morreu. Sim, todos morrerão um dia. Mas o mundo parou por causa dele. Por quê?

Que Michael Jackson foi um ícone da música é indiscutível. Mas ele foi também um ícone da auto-rejeição e da infelicidade. Aliás, qual outro motivo levaria uma pessoa a se mudar tanto ao longo dos anos?

Sou a favor da tecnologia e acho lindo o que ela proporciona. Sou a favor de intervenções cirúrgicas e da utilização de recursos para que você se sinta bem consigo mesmo. Porém há sempre um limite simplesmente porque existem coisas que cirurgia nenhuma consegue consertar. E traumas, problemas de aceitação, sentimento de rejeição só são resolvidos com a ajuda de Deus (e uma boa dose de terapia).

Eu sinto pena do Michael Jackson, mas não vou sentir falta dele. Não sentirei falta de vê-lo se mutilar a cada nova plástica, não sentirei falta das bizarrices que ele protagonizou e nem dos inúmeros escândalos em que ele se envolveu. Mas lamento profundamente porque apesar de tanto sucesso, tanta fama, tanto dinheiro, ele nunca conseguiu o principal a qualquer ser humano: se aceitar. E se as pessoas querem um motivo para chorar, certamente essa é uma boa razão.

Monday, June 22, 2009

Porque sou jornalista


Sempre gostei de escrever e ouvia com frequência que levava jeito para coisa. Minha primeira redação com “estrelinhas” foi aos nove anos e gostei tanto da sensação que nunca mais parei.

Na época do vestibular fiquei na dúvida entre Relações Internacionais, Turismo e Jornalismo. Minha primeira opção era RI, coisa de quem se apaixonou perdidamente pelos modelos das Nações Unidas. Mas como não queria errar na escolha orei a Deus pedindo que eu passasse somente no curso que Ele tinha para mim. E foi assim que comecei a estudar Comunicação Social em 2002.

No tempo da faculdade eu trabalhei tanto que confesso não ter aproveitado tudo que eu podia e queria. Não deu para fazer parte de projetos de pesquisa, não deu para ficar batendo papo nos corredores, não foi possível dar monitoria e não fiz todos os estágios com os quais eu sonhava. Isso porque assim como milhares de brasileiros eu precisava pagar a faculdade, e as remunerações (quando existiam) não eram suficientes. Sendo assim, trabalhei (na área), e muito, desde o dia seguinte que passei no vestibular até hoje. Formei há pouco mais de três anos e adoro preencher o campo profissão em qualquer formulário. Sou jornalista, e com muito orgulho. Por formação, por vocação, por convicção, por paixão.

Agora o Supremos optou pela não obrigatoriedade do diploma no exercício do jornalismo. Se isso me chateia? Não. Se tira o valor do meu esforço? Não. Se me desmerece? Não. Se me desrespeita? Sim. Não me chateia porque um diploma em mãos não quer dizer que se é um bom profissional. Não tira o meu esforço porque aprendi muito em quatro anos trabalhando de manhã e a tarde e estudando a noite. E não me desmerece porque a formação crítica que construí ali ninguém me tira. Nem o Supremo. Mas essa decisão desrespeita, e muito, a mim e aos meus colegas de profissão.

Dizer que qualquer um pode ser jornalista é verdade. Pode sim. Ainda mais em tempos em que a internet permite que blogueiros que escrevem errado se tornem celebridades. Mas ser um bom profissional não é para todos. É para poucos. É para aqueles que amam o que fazem, e que sabem que qualquer atividade começa com respeito. Respeito pela informação, pela fonte, pelo assunto abordado, pela boa apuração, pelo leitor, ouvinte ou espectador. Respeito pelo português bem falado, bem escrito, bem articulado. Respeito pelos fatos, pela Verdade e pela História. E se a faculdade não faz pessoas melhores ou piores ela ensina pelo menos o que esses conceitos significam.

Sou jornalista e não acho que ninguém rasgou o meu diploma. Porque não é um documento na parede, um registro profissional na carteira ou um título que provam quem eu sou. Eles são a evidência da escolha que eu fiz e a prova de que busquei lapidar meu talento e me apresentar apta para o mercado. E para isso eu estudei, e muito. Valorizo a dedicação a um curso superior, porque é a prova que você respeita a sua profissão. E a minha eu respeito.

Quem perde nisso tudo é o próprio Brasil, mais uma vez. Em um país com índice de escolaridade tão baixo a decisão do STJ reforça a teoria nacional de que com jeitinho todo mundo se dá bem. Afinal, se para atuar em uma área que implica a formação de opinião de um país não se precisa de estudo formal, fazer o quê? Aliás, acabei de me lembrar... Por aqui nem o presidente tem curso superior.

Monday, June 15, 2009

Flickr 2

E hoje tem mais atualização no Flickr. As fotos foram do musical Uma noite na Broadway realizado pelos alunos de Artes Cênicas, Música e Educação Física da UFMG, que aconteceu em outubro do ano passado. A proposta foi trazer de uma forma muito dinâmica as músicas mais marcantes de grandes musicais como A Bela e a Fera, Aladin, O Fantasma da Ópera, Rei Leão, Os Miseráveis, à preços populares.

Apesar dos cenários e figurinos bem simples, a produção, que foi dos próprios universitários com apoio dos professores, superou e muito as minhas espectativas.

Para ver todas, clique aqui: http://www.flickr.com/photos/ianacoimbra/



Friday, June 12, 2009

O QUE NÃO É UM NAMORADO

Todo mundo sabe como um namorado deve ser. Mas você sabe o que ele não é? Foi o que eu fiquei pensando hoje nesse dia tão sugestivo...

Namorado não é a pessoa que fica por sua conta 24 horas por dia. Mas é quem faz cinco minutos durarem eternamente.

Namorado não é a pessoa que concorda com tudo o que você pensa, fala ou faz. Namorado é quem mantém a opinião própria, mas admira e respeita profundamente cada nuance da sua personalidade.

Namorado não é motorista, não é garçom e não é banco. Mas é o cara que te leva e traz porque ama a sua companhia, que te serve porque quer te ver bem e que paga a conta porque sabe que cavalheirismo faz toda a diferença.

Namorado não é pai. Porque esses dois papéis são completamente diferentes e insubstituíveis. E por mais que existam características de um pai que você ame, um namorado nunca será um clone. Então não insista!

Namorado também não é mãe. Ele pode cuidar quando você fica doente, te levar ao médico mesmo se for só uma virose e te ligar para ter certeza que você almoçou direitinho. Mas ele jamais pode ocupar o papel que não o pertence.

Namorado não é a melhor amiga. Ele não é obrigado a saber cores de esmaltes, nomes de estilistas ou se interessar pela última comédia romântica em cartaz. Mas ele pode aprender a respeitar esse delicioso mundo “mulherzinha” se você, com muita paciência, explicar tim-tim por tim-tim e não se irritar ao perceber que ele não se interessa muito. E te garanto: ele vai adorar que você tenha uma melhor amiga para essas coisas.

Namorado não é seu irmão. E nunca vai ser. Então é muito bom entender bem isso e ponto final.

Namorado não é chefe (mesmo que vocês trabalhem juntos). Porque em um relacionamento ninguém manda em ninguém.

Namorado não é vidente. Então se algo acontecer e ele perguntar trinta vezes a razão de você estar emburrada, não responda o clássico: Nada. Se você não falar o que a incomoda, ele nunca saberá. E você sozinha será o motivo de tamanha frustração.

Namorado não é super homem, por mais que se pareça com o Clark Kent. Ele erra, tem milhares de defeitos e não é o mais forte do mundo. Mas ele pode se esforçar ao máximo para tentar acertar e fazer tudo por você porque ele te ama e quer te ver feliz.

Namorado não é Deus. Ele não faz milagres, não faz coisas impossíveis, não é onisciente, nem onipresente e muito menos onipotente. Mas ele pode buscar ser bem amigo de Deus. E isso sim, faz toda a diferença.

E namorado não é feito de sonhos. Ele é aquele cara legal e bem real, que você admira de verdade, ao lado de quem você tem prazer em estar e em quem você investe tempo e afeto. Namorado é aquele que faz valer a pena e com quem você adora conversar. Ele não é o príncipe encantado, mas tem o dom sublime de fazer você se sentir uma princesa e a mulher mais importante do mundo. Ou melhor: a única.

E é assim que eu me sinto.



Wednesday, June 10, 2009

O CASAMENTO DO MEU MELHOR AMIGO

Dia 29 de maio saí de BH com um destino: o casamento do Bruno em São Paulo. Já comentei aqui como nos conhecemos e como ele se tornou especial. Desde que ele se mudou pouco nos vimos. Mas posso dizer que o carinho aumentou de maneira inversamente proporcional ao quanto nos vemos. Adoro nossos papos, os devocionais que ele envia diariamente e a paixão que ele tem pelo o que faz. Esse é o Bruno. E a palavra que melhor o define é convicção. Ele é alguém convicto das suas escolhas.

Vê-lo impecável no seu terno foi lindo. Eu sei como ele sonhou com esse dia: o dia de começar a própria família. Ver a Andrea caminhando elegantemente em direção ao meu amigo foi emocionante. E me alegrei muito com os dois. Acho que eles nem têm ideia de como meu coração celebrou com o que tive o privilégio de testemunhar. Definitivamente eu aposto nessa história e sei que os dois serão daquele tipo que você olha e diz: “Quero ter uma família igual”. Porque o Bruno é assim. Um cara com o coração gigante, que ama a Deus, um homem super família e que se empenha para fazer as coisas funcionarem.

Sei que a melhor amiga do Bruno daqui em diante será sempre a Andrea. E assim deve ser. Posso dizer também que o amor que tenho por ele foi transferido automaticamente para ela. Afinal, como é bom vê-lo feliz e realizado ao lado de uma mulher que o ama da forma como ele precisa ser amado e que se empenhará em fazê-lo extremamente feliz, mesmo ele sendo um chatonildo nato!

Amor de amigo é algo incrível. É algo que nada tira, só acrescenta. Amor que pode ser compartilhado, agregado, somado. E é assim que amo os preciosos que me cercam com tanta gentileza, carinho e afeto.

E é dessa forma, queridos Bruno e Andrea, que desejo a vocês uma vida plena, intensa, repleta de bênçãos, como todo mundo merece viver.

De todo o meu coração eu amo vocês.

Tuesday, June 9, 2009

Flickr

Há tempos alguns amigos me cobram para montar um Flickr. Não fazia por pura preguiça de ter que manter mais uma coisa atualizada. Mas essa semana decidi mandar a preguiça embora e criar uma conta para postar as minhas fotos.

Conta criada e o primeiro álbum já está lá com algumas selecionadas da gravação do CTMDT 2, Não Haverá Limites, que eu até já tinha comentado por aqui. A lógica vai ser a mesma do blog: um pontapé inicial nada pretencioso.

Aos poucos vou acrescentando outras imagens. Voilá!

http://www.flickr.com/photos/ianacoimbra/

Thursday, June 4, 2009

A importância da delicadeza

Por que eu dei uma parada no blog? Isso não vem ao caso. Longe de mim querer dar mais ideias aos loucos que me cercam. Mas o fato é que nos últimos dias pensei muito sobre o tal lance da delicadeza. Movida pelos debates intensos e apaixonados que permearam o I-relevante, a definição e a importância desse conceito povoaram a minha mente.

Já fui do tipo rude. Áspera. Dura. E para completar, arrogante. Foi quando aos poucos fui aprendendo que delicadeza não tem a ver com ser mais ou menos forte, ser firme ou flexível. Tem a ver com educação. Com polidez.

Ser delicado é aprender a olhar para si antes de mirar o outro. É respirar fundo antes de rebater uma crítica e contar até mil ao pensar em acusar. Aliás, é principalmente saber ouvir. É educar os ouvidos, o olhar e principalmente a língua (ou no mundo virtual os dedos). Ser delicado é se colocar no lugar do outro, ao invés de insistir para que ele se coloque no seu. Não significa concordar sempre, mas é saber até mesmo como discordar. É entender a importância do respeito.

Delicadeza não tem a ver com tamanho ou com estilo estético. Delicadeza está no olhar atento, no ouvido aberto, no sorriso disponível, na postura sensível. Delicadeza está naquele “q” especial que atrai a atenção e que às vezes nem se sabe ao certo o motivo. É o pequeno algo a mais que faz uma diferença substancial. Delicadeza é o que todo mundo espera, mas que nem sempre sabe expressar.

Parafraseando Marylin Monroe, “as belas que me desculpem, mas delicadeza sim é fundamental”. E eu ainda estou aprendendo essa virtude.

Wednesday, June 3, 2009

Quase...

Então, o blog tá quase voltando ao normal. Enquanto isso, fica aí um clipe de uma música muito lindinha em francês, só para começar a tirar a poeira. A letra vai abaixo para quem quiser tentar acompanhar.




T'es beau

T'es beau
T'es beau parce que t'es courageux
De regarder dans le fond des yeux
Celui qui te défie d'être heureux

T'es beau
T'es beau comme un cri silencieux
Vaillant comme un métal précieux
Qui se bat pour guérir de ses bleus

C'est comme une rengaine
Quelques notes en peine
Qui forcent mon coeur
Qui forcent ma joie
Quand je pense a toi
A présent

J'ai beau
J'ai beau me dire qu'au fond c'est mieux
Même si c'est encore douloureux
Je n'ai pas de recoin silencieux

C'est beau
C'est beau parce que c'est orageux
Avec ce temps je connais peu
Les mots qui traînent au coin de mes yeux