Friday, November 27, 2009

Paris, Paris, Paris.

Existem várias formas de se conhecer Paris. E a cidade acaba adquirindo características e adjetivos de acordo como lhe é apresentada. Para algumas pessoas Paris sempre terá cara de lua de mel. Porque foi assim que se conheceu a “Cidade das Luzes”. Para outros ela é cinza. Coisa de quem já morou por lá. E tem aqueles que acham que ela se resume a Torre Eiffel, Louvre e Arco do Triunfo. Para mim Paris é gente, bicicleta, piquenique, música e arte. No meu conceito ela é também alegre e divertida, sem, é claro, perder o charme

Conheci a cidade por três olhares distintos. Um olhar de mochileiro experiente, que se atreve a desafiar os carros sobre duas rodas, que compra no supermercado pão, queijos incríveis, presunto, salaminho e se senta no meio da ponte para um piquenique na hora do almoço. E de repente o que para mim sempre foi literalmente “farofa”, se torna cool, charmoso, típico e extremamente interessante. Já o outro ângulo de Paris foi tão local, tão tradicional, tão francês. E por fim a visão de quem acabou de chegar. E assim reuno em mim visões do mesmo mundo, para criar a minha própria.

Amei Paris `a primeira vista, na primeira noite. E para quem sempre quis estar em um lugar, me emocionei ao ver o símbolo do meu sonho iluminado. E não é que eu estava ali? Então uma música simplesmente achou lugar: “Você não sabe o quanto eu caminhei para chegar até aqui”.

Passo a passo, a cada descoberta, a cidade tirou o meu fôlego me enchendo de vida, de História, de arte e de cultura. E me senti como se fosse acrescida a cada novo encontro. Me encontrei com o Jardim das Tulherias, com a Ópera, com a Sacre Coeur e sua vista de cair o queixo, com Notre Dame, com Versailles, com o Moulin Rouge, Montparnasse, Saint Germain, Louvre, Jardim e Palácio de Luxemburgo. Foram tantos encontros... E todos peculiares.

Paris vale a pena. E como foi bom encerrar o nosso incrível mochilão por oito países, treze cidades, em um lugar tão rico. Na capital da França encontrei um mundo deliciosamente lindo e encantador. Um mundo que em mim deixou saudades... E `as pessoas e aos lugares que tão bem nos acolheram, só me resta dizer: merci.



Friday, November 20, 2009

Sobre a questão da Imigração

Eu sabia que o assunto era polêmico quando falei sobre Bruxelas, mas simplesmente não tinha como contar minha experiência na Bélgica sem falar desse aspecto tão frequente da Europa. E eu queria muito fazer um post sobre isso, mas um comentário me fez antecipar o meu planejamento.


Não sou contra a imigração e muito menos contra o indivíduo que se sente obrigado diante das circunstâncias da vida, ou opta por enriquecer seu currículo e vida profissional. Ou decide simplesmente mudar. Inclusive essa é uma possibilidade que eu mesma não descarto para a minha vida. Porém acredito que se uma pessoa se muda para um outro país, o mínimo que ela pode fazer é respeitar a cultura que escolheu abraçar. E isso significa aprender a língua local, obedecer as leis, os costumes e tentar, pelo menos, entender a História da região. Ao meu ver isso é cidadania.


Aqui em Paris, tão logo chegamos, aconteceu um jogo entre Argélia e Tunísia. Ficamos assustadas com a algazarra que os argelinos fizeram pela cidade. Uma bagunça ainda maior do que a que fazemos no Brasil ao final da Copa do Mundo. Só que tem um detalhe: estamos no nosso país, e não na Argentina. Na quarta a festa virou o caos. No metrô bandos pulavam, gritavam e depredavam. Depredavam um país que nem é deles! E isso sim, me irritou. Na Torre Eiffel eles fecharam parte do trânsito, deixaram as ruas imundas, agrediam as pessoas com palavras e criaram uma poluição sonora insuportável. Isso é respeitar a cultura que desejou abraçar? Creio que não.


Admiro pessoas que têm a coragem de imigrar, principalmente aquelas que o fazem por não ter outra opção na vida, como os refugiados e exilados. Inclusive adoro ouvir histórias desse tipo. Porém mudar de país para viver em guetos e não contribuir e nem absorver nada da cultura local não acho que seja a melhor solução. Porque aí a lógica se inverte. Ao invés do imigrante se adaptar a sua nova realidade, ele obriga o país para o qual se mudou se adaptar `a ele. Tipo o americano que mora na Flórida ter que falar espanhol para se comunicar em sua própria nação.


E para deixar bem claro, quando falo sobre viver em guetos não digo que o imigrante não deve se relacionar com pessoas da mesma nacionalidade ou viver em bairros afins. Até porque isso facilita o período de adaptação, que com certeza é tão difícil. A questão que eu aponto é resumir a mudança transcultural a isso. Uma mudança desse âmbito pode trazer benefícios enormes para ambos os lados, imigrantes e cidadãos, sem falar para o próprio país, mas isso depende exclusivamente de como essas questões serão trabalhadas, vividas e é claro, discutidas. Mas confesso que não acho legal a mentalidade de quem imigra apenas para “sugar” o novo país, sem a visão de agregar, somar, construir. Sem falar que também não apoio a questão da ilegalidade, seja qual for o motivo. Realmente penso que se Deus tem um propósito para a vida de uma pessoa em outro lugar, céus e terras se moverão para que o indivíduo se torne legal. É claro que existem casos especiais (quem nunca ouviu histórias incríveis de missionários na China, Índia, Paquistão, etc?), mas no geral não acho que seja uma postura correta de acordo com a Lei.


Nesse período de viagem, conhecendo e me hospedando em famílias tão incríveis, de brasileiros, letos, holandeses, finlandeses, franceses e afins, vi como o intercâmbio cultural pode ser rico se partir do ponto do respeito e da aceitação. No melhor estilo: eu respeito você e você me respeita. Eu aceito você e você me aceita. E assim um mundo de incríveis possibilidades se abre para uma riqueza inimaginável. Aliás, esse é um dos efeitos da globalização.



Isso não é uma verdade irrefutável, mas é a forma como eu tenho observado a questão da imigração há alguns anos. E sobre esse assunto eu tenho certeza que ainda há muito para se falar.


Thursday, November 19, 2009

Barcelona

Acho que a minha percepção da vida é sempre em cores. E foi assim que vi e vivi Barcelona. Cores de Gaudí, Picasso, Miró e Dali. Parece que Barcelona respira arte e convida aos transeuntes a fazer o mesmo. Os edifícios, as lojas, as praças, as ruas e os vários monumentos me pareceram como delicados chamados para parar, respirar e inspirar. Porque respirar arte sempre faz bem, ainda que como eu você não seja totalmente fã de todos os artistas espanhóis.


Gostei da forma como Barcelona concilia a agitação da vida moderna com o seu passado. E sinceramente amo visitar igrejas antigas, independente se católicas ou protestantes. Porque bem ou mal as construções eclesiásticas são sempre testemunhas e protagonistas da História. E com suas peculiaridades me encantam (apesar de que as vezes assustam também).


Amei passear pelas estreitas ruas do Bairro Gótico e imaginar como as pessoas andavam e viviam por ali há mais de 600 anos. Gosto de imaginar como era a vida, as relações sociais, a cultura, os hábitos. E cada viela me fez parar um pouco só para deixar a minha criatividade divagar um pouco mais.


Me impressionou também a vida ativa dos idosos da cidade. Esbarramos com eles em diversos parques, praças e cafés. E não foi raro ver casais, que pareciam já ter celebrado suas boas de ouro, namorando em charmosos bancos.


Adorei Barcelona e facilmente voltaria aqui em outra ocasião para visitar os museus, comer tapas e paellas. Porque tempo e dinheiro de mochileiro, você já sabe...

Sunday, November 15, 2009

Bélgica

Chegamos a uma conclusão: Bruxelas tem imigrantes, muitas pessoas, vento e chocolate. Pelo menos essa foi a nossa impressão em dois dias aqui. Não é nossa cidade preferida, e confesso que fico na dúvida se ganha ou perde para Milão... Dúvida cruel.


Em Bruxelas acho que não vimos nenhum belga, porque eles simplesmente foram expulsos da cidade de tanto imigrante. Sabe aquela história de que a Europa está se tornando um continente muçulmano? Digamos que aqui foi o lugar em que vimos bem isso. O que mais ouvimos foi o árabe, e inclusive tivemos uma experiência não tão boa no metrô. Um grupo de seis rapazes nos abordou de forma agressiva, apelativa e muito ofensiva falando esse idioma. Fomos envolvidas por um clima de medo e insegurança e fomos obrigadas a fugir correndo, literalmente, na primeira parada. Um dos rapazes até tentou nos seguir, mas foi empurrado pela Flavinha numa atitude corajosa. Nunca imaginei ter que lidar com isso na Bélgica, e confesso que desde então não entramos mais em vagões sozinhas e nem naqueles que têm grupinhos de homens. Fica aí a dica.


Essa situação péssima me fez pensar novamente sobre como você representa o seu grupo étnico e o seu país. Cada indivíduo carrega em si a identificação da sua origem e a forma como você se comporta reflete no jeito como os outros se relacionarão com você e seu universo. Aqui na Bélgica eu fiquei com medo dos grupinhos de homens árabes. Mesmo longe de qualquer preconceito, isso é algo que não posso negar. Não quer dizer que todos são assim, mas essa foi a forma como a minha experiência negativa me marcou. Sei que essa é uma longa discussão, mas eu consegui entender a visão do cidadão que se vê invadido por uma cultura que não é sua. E isso foi algo que me fez pensar.


Enfim, mas a nossa estada aqui foi excelente, principalmente pela companhia da Suênia e família, que nos fizeram nos sentir tão bem. Sem falar do nosso ótimo dia em Brugges. Um lugar lindo, com pontos maravilhosos e um chocolate quente sensacional. E nem a chuva torrencial atrapalhou o nosso passeio. Inclusive porque nunca tinha andado de charrete com um dilúvio!


Amanhã saímos daqui para Barcelona e com a bagagem cada vez maior. Não, os 15 quilos permanecem, mas a nossa bagagem cultural não para de crescer.


Ps: A conexão filada do vizinho belga (ou seria imigrante?) não tá ajudando a postar fotos. Tomara que dê certo na Espanha!

E a tal da convivência

A Latorre sempre fala: "Eu tenho uma teoria..."

A Vet: "Eu ia falar isso agora..."

E eu: "Por um motivo do além...".

E agora as 3 usamos as mesmas expressões. E morremos de rir ao nos ver nos jeitos e trejeitos umas das outras.

Ps: Descobri que conexões filadas de vizinhos nunca dão para colocar fotos.... So sorry...

Friday, November 13, 2009

Amsterdam

Pense num lugar lindo. Muito lindo. E que deve ser mais lindo ainda na primavera. É a Holanda. Porque se você gosta de um lugar chovendo e com um clima que não ajuda muito, imagine então quando ele explode de tanta tulipa?

Minha relação com Amsterdam foi amor a primeira vista. Amei os canais, as bicicletas, os prédios tortos (essa cidade um dia vai cair, é sério), as paisagens, as pessoas (que eu sempre disse que são as mais gentis do planeta), a história, a relação com as artes e com a cultura.... Que cidade...

E quando achei que não haveria nada mais lindo, me deparo com Haarlem, Delft e Haia. Cidades lindas `a sua maneira, charmosas e aconchegantes (e é claro que a hospitalidade da minha amiga Miranda ajudou muito). Aliás, essa é a forma como vejo a Holanda: aconchegante. E isso com chuva, dia cinza, e sem nem meia tulipa para me fazer feliz.

A ida a Haarlem valeu muito pela visita ao museu da Corrie Ten Boom, uma holandesa que durante a Segunda Guerra Mundial dedicou sua vida a acolher e esconder judeus em uma parede falsa no seu quarto, por amor a Cristo. A história é tão linda que enquanto a guia a contava, sem a menor discrição, me permiti chorar. Porque pessoas que abrem mão de si mesmas por amor sempre me comovem e estar em um lugar que foi usado por Deus para salvar vidas é muito significativo. Ficam aí as dicas do lugar, do livro e do filme que contam a história: The Hidding Place (acho que o filme é de 1971, mas dizem que é muito bom. O livro eu vou ler e conto depois).

Já Delft é um vilarejo lindo, fundado pelos idos de 1.200. Sabe aqueles lugares que parecem cenário de filme? É lá. Charmoso e totalmente convidativo. E sinceramente lugares que tem tanto peso histórico me trazem a noção do meu tamanho diante de algo tão anterior a mim. Os nossos problemas se tornam ínfimos perto de elementos vivos da História, ou melhor, que a contam. E talvez seja isso que tanto me fascina nesse continente.

Sobre Haia nem preciso dizer. Estar em uma cidade que tem tanto peso no cenário político mundial é muito interessante. Até nos fez lembrar dos nossos tempos de Mini-Onu, Harvard World Mun e Amun. Mas o que isso significa exatamente fica para outro post.

Só sei que amei esse lugar com tudo. Com sua História e seu presente. Amei a arquitetura antiga e os janelões que marcam tanto a atual. Amanhã saímos daqui rumo a Bélgica, e posso garantir que até o momento certamente esse é o meu país favorito pelas bandas de cá. Imagine então se eu tivesse visto uma tulipa que fosse?!

Ps: Ainda sem fotos. A net que tô filando do vizinho tá cada dia pior...

Wednesday, November 11, 2009

A Finlândia

Na minha opinião a Finlândia é branca. Branca e cheia de neve. Mas não posso dizer que ela é fria, porque recebemos tanto calor dos queridos Rodrigo e Saara que esse lugar tão longe se tornou colorido e extremamente cheio de amor. Aliás, amor. Essa é a palavra que melhor define os nossos quatro dias em Jyvaskyla, cidade universitária quase no centro do país, onde fomos hospedadas.


Depois de passar por dois países capitalistas, um que viveu até 19 anos atrás o comunismo, descobrimos uma nação socialista com feições iguais e diferentes. Os traços étnicos tão parecidos, assim como a arquitetura local, porém com pessoas com estilos peculiares. Os cabelos, as tatuagens, os piercings mais estranhos que já vi na vida foram pelas bandas de lá.


E se é para falar de peculiaridades culturais, não podíamos passar pelo norte da Europa sem fazer a sauna finlandesa e o mergulho em lago congelado. Sabe aquelas coisas que você só vê em programas de TV? Tivemos a oportunidade de experimentar e nos encantar. Quer uma dica sobre a Finlândia? Certamente essa é uma delas.


Entre coisas inusitadas e comuns foram dias incríveis que nos deixam saudades. E para mim a Saa já é brasileira e o Rô é finlandês. Porque poucas vezes vi um casal transcultural amar tanto a etnia que resolveu abraçar. A Saa fala português com sotaque de São Paulo e o Rô sempre teve estilo europeu. Pessoas incrivelmente diferentes e maravilhosamente iguais.


Pensando bem, o melhor da Finlândia é a casa e a companhia dos Vatanen Campos. Amigos queridos, parte da família que escolhi para mim.


Ps: Queria muito colocar fotos, mas a conexão do vizinho não está ajudando...rs

Tuesday, November 10, 2009

Nosso casamento

Eu, Flavinha e a Torre estamos vivendo um "casamento". Respeitando as devidas proporções é exatamente isso que representa passar quase 30 dias, 24 horas lado a lado de alguém (nesse caso alguéns), com um propósito único.

Com tanta convivência a gente vê o melhor e o pior de cada uma. O que era um defeito leve, que convivíamos de vez em quando, no cotidiano se potencializa. As qualidades idem. Absorvemos os hábitos umas das outras, temos que abrir mão de alguns desejos individuais em favor do bem comum e descobrimos que outro ponto de vista pode cair muito bem.

Em um roteiro apertado não temos como fugir quando alguém estressa. Nem chutar o balde e simplesmente resolver ir embora. Afinal, temos um plano. Temos um alvo. Existe uma missão em conjunto. Temos um lugar para chegar. E é em prol desse compromisso que caminhamos todos os dias. Que nos acordamos sempre morrendo de sono, saímos para viver algo novo e voltamos exaustas para dormir em algum lugar.

E é assim que se desenvolve algo incrível chamado cumplicidade. Cumplicidade não é se tornar igual, mas é aprender a equilibrar qualidades e defeitos em uma equação positiva. E que fique claro que positiva não significa perfeita.

Antes de começar a viagem ouvimos dizer que depois de passar tanto tempo juntas haveria uma escolha: nunca mais querer nos ver ou perceber que o amor que sentimos umas pelas outras ser potencializado. E posso dizer em claro e bom tom que temos vivido a segunda opção.

Não somos iguais e sei que nunca seremos, mas casamento é isso. É usufruir das coisas incríveis que a convivência harmoniosa com as diferenças pode proporcionar. E olha que esse "casamento" é de mentirinha. Imagine então com um de verdade.

Monday, November 9, 2009

Coisas que já fizemos na Europa

Comemos Macarons na confeitaria mais antiga da Suíça.
Viajamos de trem para Milão.

Compramos tulipas amarelas em Milão.

Conhecemos e nos surpreendemos com a Letônia.
Levamos a neve para a Finlândia!

Entre outras coisas mais (como sauna finlandesa e nado em lago congelado!). Tempo bom, com pessoas incríveis em países maravilhosos. E ainda estamos na metade!

Thursday, November 5, 2009

Na Letônia

Até o dia de hoje eu não tinha a menor ideia do que esperar de um lugar como Riga. Até então eu nunca tinha ouvido falar de qualquer pessoa que tenha vindo para essas bandas, mas quando vi que o voo que iríamos de Milão para Helsink tinha uma parada num aeroporto RIX comecei a pesquisar. E como é bom nos surpreender!

A cidade de Riga é linda, limpa, organizada. A arquitetura tem traços claros dos países que dominaram a região em diferentes momentos. Sem nenhuma montanha o lugar consegue proporcionar vistas lindas do topo de um hotel, onde tivemos o prazer de passar logo que chegamos.

A impressão que tivemos até o momento (tem apenas quatro horas que estamos aqui) é a melhor possível, ainda mais porque fomos recebidas com neve! Exatamente: a primeira queda de neve foi para nos dar as boas vindas a esse lugar que se tornou tão especial para nós. Amanhã vamos passear de dia, e então seguiremos para a Finlândia, onde os meus amigos Saara e Rodrigo nos esperam.

Ah! Não podia deixar de falar que o Pastor Hans e sua família são pessoas incríveis. Nos receberam sem nos conhecer com tanto amor e atenção que já nos sentimos completamente de casa. E por falar neles, aí vai o blog do Pr. Hans que há três anos mudou de mala e cuia para cá. http://hansletonia.blogspot.com

Sem palavras para falar como tem sido bom esse tempo...

Ps: As fotos vão ficar para depois! Ainda não deu tempo de baixar! E me perdoem por não ter respondido os comentários. Estou lendo todos, mas o tempo tá mega corrido!

Wednesday, November 4, 2009

Milão

É uma cidade bem linda, com pessoas interessantes e elegantérrimas. Mas sinceramente, não é meu lugar favorito e nem é tudo o que eu imaginava. Praticamente a cidade se resume a dois pontos turísticos que são maravilhosos e badalados, mas não passa muito disso.

Nunca vi pessoas tão sem educação na vida. Seja em restaurantes, bancas de jornal, barraquinhas de muambas, lojas finas ou estação de metrô. Quer um bom motivo para brigar com alguém? Peça uma informação em qualquer um desses lugares e prepare-se para uma bela má resposta. Aliás, antes disso prepare-se para receber olhadas de cima a baixo (para ver se seu visual está de acordo com o padrão da cidade), ser ligeiramente ignorado e então receber o tradicional e deselegante atendimento. Se você for muito educado ou falar baixo as pessoas desdenham facilmente, então descobrimos que o ideal sempre é retribuir o "amistoso" tratamento. Juro que não estou brincando e que assim a coisa até dá certo.

Saímos da Suíça, numa viagem de trem imperdível (e inesperada porque parte do trecho planejado infelizmente furou) pelos Alpes e nos surpreendemos com uma Itália com toques de vandalismo (muitas pixações) e indivíduos não tão agradáveis. Sem falar da sujeira extrema em alguns pontos. Uma pena, já que certamente é um país lindo, com uma história cultural enorme, riqueza artística peculiar, arquitetura belíssima, sem falar da culinária espetacular (e como eu amo os queijos e pães daqui...)!

Porém, não quero desanimar ninguém a vir passear pelas bandas de cá. Garanto que é uma cidade bem legal e que em dois dias você dá conta do recado direitinho (pelo menos é a minha opinião).

Sim, valeu muito a pena, principalmente pelas pessoas incríveis que nos hospedaram (brasileiros, é claro) e pela companhia super bacana do Thiago (fala, Milanês!) na tarde de hoje. Mas não podia deixar de ressaltar os lados não tão belos da bela Itália.

De certa forma é reconfortante encontrar lugares que não são tão perfeitos assim.

Amanhã vamos para a Letônia. Só Deus sabe o que nos espera lá.

Ps: As fotos virão depois. :)

Sunday, November 1, 2009

Você precisa saber

Que na Europa as tomadas são diferentes do Brasil. Então ter um adaptador `a mão faz uma grande diferença.