Wednesday, April 29, 2009

A Noviça Rebelde (The sound of music)


Sou uma grande fã de musicais e realmente me esforço para assistir quando possível. A primeira vez que fui a um grande teatro para ver uma peça nesse formato tem apenas alguns anos. Mamma Mia estava em cartaz. Eu nem sabia de que se tratava, mas não queria perder a oportunidade. Amor à primeira vista.

Depois de Mamma Mia (que a versão em teatro é infinitamente superior ao filme), vieram duas montagens diferentes de O Fantasma da Ópera, A Bela e a Fera, Miss Saygon e agora em São Paulo A Noviça Rebelde (The sound of music). Todos clássicos, com exceção de Mamma Mia, que com certeza se tornará um.

Dos que assisti o que menos gostei foi A Noviça, que é baseado em na história verídica de uma família austríaca que vive nos tempos da Segunda Guerra Mundial. A produção conta a saga da família Von Trapp, após a chegada da babá Maria, recém saída do convento e sem nenhuma vocação para a vida religiosa.

Nada contra a montagem, que foi perfeita, ou o elenco, que deu conta do recado. Aliás, Kiara Sasso é incrível em papéis de protagonista e a equipe brasileira não deixa nada a dever aos originais estrangeiros. É a história em si que tem um ritmo devagar e músicas pouco empolgantes (a não ser a tema que com certeza você sabe cantar), que se acentuam por serem quase três horas de espetáculo. Não tão atraente para mim, mas tenho certeza que perfeita para as várias senhoras que saíram do Teatro Alfa nas nuvens e que anos atrás tiveram o privilégio de assistir ao filme ainda no cinema.

Aliás, não tem como comparar A Noviça com os outros que assisti. Apesar de seguir o mesmo impecável padrão de qualidade, são propostas diferentes, que atraem públicos diferentes. A não ser “musical freaks” como eu, que vão a todos possíveis.

É claro que A Noviça Rebelde é um belo espetáculo, com um cenário perfeitamente lindo, iluminação afinada, músicos incríveis e uma história clássica, necessária, para se dizer. E é isso que quero ressaltar. Cultura é algo totalmente necessário. E são essas experiências que dão base para a construção de um universo comparativo. Não é preciso se tornar um “bicho cultural”, mas a experiência de respirar cultura erudita, nem que seja uma única vez na vida, é impagável. E é por isso que amei ter ido assistir ao espetáculo, mesmo ainda tendo O Fantasma como meu preferido. E sim, recomendo: não perca a oportunidade dessa temporada e vá ao Teatro Alfa!

Enfim, já assisti a várias óperas e algumas operetas, mas quando se fala em musicais da Broadway é diferente. E eu juro que um dia era lá que eu queria morar.



Tuesday, April 28, 2009

Cris X Bella


A primeira série de livros que li de verdade foi a Série Cris, da Editora Betânia (a Coleção Vagalume e os livros dos Karas do Pedro Bandeira não contam, né). Na época foi o máximo porque algumas pessoas que fizeram as fotos das capas eram meus amigos. Eu devorei cada uma daquelas edições até o último volume. Nem sei quantos anos levaram ao todo. Aí comecei a ler a série seguinte, Selena, ainda no original em inglês, mas não colou. Ainda preferia a Cris, minha heroína adolescente.

Então descobri Deixados para Trás, que também li em uma sentada. Ficava vigiando as livrarias para comprar tão logo o novo volume fosse lançado. E essa série também chegou ao fim. Até tentei Harry Potter por curiosidade, mas depois larguei. Infantil demais.

Há anos não via uma série legal que me interessasse. Foi quando uma amiga falou do Crepúsculo, livro que deu origem ao filme. Descartei de cara, afinal temática de vampiros adolescentes não era uma boa pedida. Mas ela insistiu tanto que peguei emprestado. Sem falar da beleza das capas, o que sempre muito me atrai. Em três dias li os três livros: umas 1.200 páginas.

Afinal de contas, qual é a graça?

Em primeiro lugar a história é muito bem costurada. A narrativa é envolvente, bem escrita, fazendo do enredo fantasioso uma série irresistível. É impossível ler um só (quase igual ao slogan da Elma Chips). Os personagens podem até ser ligeiramente óbvios, mas não são maniqueístas, o que valorizo muito na literatura do gênero. Conflitos e sentimentos humanos como amor, amizade, ciúmes, rejeição, depressão, competição, inveja são bem trabalhados através do triângulo composto por Edward, Bella e Jacob. E definitivamente Bella é a azarada mais sortuda de que já tive notícia. O antagonismo do seu personagem certamente é uma das chaves da história que ainda não chegou ao fim. Mas não, ela definitivamente não é minha nova heroína. Acho que esse lugar pertencerá sempre a Cris.rs.

Após Crepúsculo, Lua nova e Eclipse, fico à espera de Amanhecer, que pretende trazer o desfecho da intrigante história que é desencadeada pelas escolhas simples e cruciais dos personagens. Reais e surreais. Mais humano impossível.

Enquanto isso fico na torcida. Por Jacob, é claro. E por falar nisso, acho que vou assistir ao filme novamente. Após ler o livro definitivamente ele fica mais interessamte.



Monday, April 20, 2009

Fazendo as pazes

Há tempos fotografo os eventos do DT nas viagens. Na realidade era por total falta de opção. Não havia ninguém para isso, então peguei a câmera e comecei a fazer fotos sofríveis. Tão sofríveis que o pessoal do design me "zoava" com frequencia e pouquíssimas salvavam para o site. Com toda razão.

Até que resolvi fazer a coisa direito. Fiz um curso para entender o funcionamento básico (as aulas na faculdade eram mais ligadas a composição) e fui melhorando. Eu e a câmera fizemos as pazes (brigamos quando minha primeira reflex desapareceu misteriosamente há anos. Na época fiquei tão chateada que decidi parar de brincar.) e temos sido amigas desde então. Sim, a qualidade das fotos ficou infinitamente superior, comprei equipamento novo, me interessei novamente pelo assunto e passei a brincar sério. E aí vieram outras viagens, agora com fotos bem melhores.

No ano passado o CTMDT gravou o segundo CD e fui convidada para compor a equipe de fotógrafos. Fiquei bem feliz e topei o desafio. A gravação foi um barato. Entre um clique e outro me diverti e trabalhei igual gente grande. Foi muito legal. E foi assim que pela primeira vez o meu nome saiu nos créditos de um CD como fotógrafa. Eu já tinha feito outros eventos, mas definitivamente esse foi especial.

Voilá!




Thursday, April 16, 2009

Mac X PC

Não, não vou traduzir. Mas ainda assim achei legal postar aqui. Mac X PC. Eu adorei. E sim, me converti a maçã. 

Para quem quiser, acho que no YouTube tem algumas versões dubladas.


Wednesday, April 8, 2009

Quelqu'un m'a dit

É por essas e outras que um dia ainda falo francês e aprendo a tocar violão.



Aí vai a letra para quem quiser se arriscar.

Quelqu'un M'a Dit

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux
Pourtant quelqu'un m'a dit...

Que tu m'aimais encore
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore
Serais ce possible alors?

On me dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parais qu'le bonheur est à portée de main
Alors on tend la main et on se retrouve fou

Pourtant quelqu'un m'a dit...

Que tu m'aimais encore
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore
Serais ce possible alors?


Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits:
"Il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"
Tu vois quelqu'un m'a dit...

Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors?

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux

Pourtant quelqu'un m'a dit que...

Que tu m'aimais encore
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore
Serais ce possible alors?

Monday, April 6, 2009

Tudo porque decidi cumprimentá-la

Nunca brigamos, mas nunca fomos amigas. Apesar de termos frequentado a mesma turma, a famosa "panelinha" do colégio, conversamos poucas vezes. Havia uma certa antipatia no ar. Tudo por causa de um menino do primeiro ano e de uma história "complexa" na qual os três estávamos envolvidos. Pelo menos era assim que eu via. Aliás, que menina de 13 anos não acha que a vida é um emaranhado de complicações?

Acabei perdendo o contato com ambos no final de 1997. Algumas pessoas mudaram de escola e eles foram também. A turma, enorme como era, acabou reduzindo bastante. E eu mudei de círculo de convivência. Depois disso só acompanhei a maior parte deles por notícias. Vez ou outra aparecia alguém dizendo: "Lembra do fulano? Sabe o que rolou?".

Há sete anos a vi novamente, de longe. Naquela fração de segundos fiquei pensando se a cumprimentaria. Mas como ela não me viu, achei melhor deixar para lá. Pensei que não faria sentido, afinal, não éramos amigas. Apenas tínhamos os mesmos amigos, o que é uma grande diferença. Preferi perder a oportunidade.

Hoje a vi novamente. Por uma daquelas coincidências causadas por acontecimentos coordenados de segundos, nos cruzamos. Eu chegando para visitar uma amiga na UFMG, e ela saindo da aula. A vi de longe e sabia que ela não me reconheceria. Não me contive. Segui o caminho em sua direção, tirei os óculos escuros e exclamei: "Ei! Lembra de mim?". Dessa pergunta vieram um abraço bem bom, um belo sorriso e uma conversa agradabilíssima.

Em poucos minutos falamos de nossas vidas. Ela e ele tiveram uma filha há seis anos, moram juntos e no próximo ano ela se forma na faculdade. Aliás, a filhinha dos dois estuda na mesma escola que nós frequentamos. Em questão de segundos a antipatia cultivada há 12 anos se transformou num carinho enorme. Quando já estava indo embora ela me disse: "A vida é engraçada, né. Quando a gente é adolescente as coisas tomam uma proporção infinitamente maior do que realmente são. Aí a gente percebe que poderíamos ter resolvido as questões de outra forma. Era tudo tão simples. Hoje vejo algumas pessoas e não entendo porque eu não era amiga delas". Dei risada e concordei. É verdade.

Nos despedimos com um beijo e um abraço, e mandei mais dois: para a filhinha e para ele.

Voltei para o trabalho e me lembrei de uma frase do filme Benjamim Button. É preciso aproveitar todas as oportunidades, até mesmo as que se perde. Ainda bem que essa eu não perdi. Tudo porque eu decidi cumprimentá-la.

Pri, Fê, Carol e Eu na velha arquibancada do colégio, em uma visita que fizemos esse ano.