Tuesday, September 29, 2009

Minha foto na Vogue


Não, eu não virei modelo e nem "fashionista". Aliás, a foto que saiu na Vogue não é comigo, mas é minha. Eu quem fotografei. A foto saiu na sessão Radar Curitiba, falando sobre a Tayê, uma loja super bacana de lingerie que fica na capital paranaense e até dia 18 também ficava em BH. Fiz a foto para o catálogo de inverno numa daquelas surpresas boas e inesperadas.

Aliás, a minha história com a fotografia tem muito a ver com a Tayê. Foi num Chá de Lingerie na loja que conheci a Eugênia (a dona do pedaço). Levei a minha câmera só para fotografar o momento legal de uma amiga e entre um clique e outro a Eugênia me perguntou se eu topava fotografar as clientes da loja. Ela estava procurando uma mulher que topasse o desafio. Topei e fizemos trabalhos bem legais, sem a pretensão de me auto-intitular do que quer que fosse.

E é por isso que fiquei tão surpresa ao ver a minha foto na Vogue (apesar deles não terem dado o devido crédito). Porque adoro quando coisas despretenciosas dão certo. A foto que foi publicada não era a minha favorita, mas fiquei feliz do mesmo jeito.

A foto ilustrando a nota.


Friday, September 25, 2009

De vez em quando me atrevo a divagar..... Divagar devagar.

Enquanto as pessoas tomarem atitudes baseadas no movimento de terceiros, o ciclo vicioso de escravidão e falta de originalidade permanecerá. E isso não é altruísmo ou auto-proteção. É pura fuga. E fugir não leva ninguém a lugar nenhum, só ao mesmo ponto de onde se partiu. E assim que círculos incríveis de 360º são feitos.

Friday, September 18, 2009

A Cabana

Foi o que li essa semana. Confesso que estava com muita preguiça, mas não resisto à livros ganhados ou emprestados. Com A Cabana não foi diferente.

A história é bem triste e começa com o desaparecimento de Missy, uma garotinha de seis anos, durante um acampamento com a família. Com a evidência de que ela havia sido vítima de um serial killer, o pai entra num profundo deserto assim que encontra o vestido da menina sujo de sangue dentro de uma cabana. O deserto denominado de "A Grande Tristeza", acompanha Mackenzie por anos à fio, até que um convite para retornar ao lugar que marcou a tragédia lhe aparece.

A apresentação do livro deixa claro que se trata de um relato verídico, vivenciado por um amigo do autor. Porém já vi uma entrevista em que o cara fala que se trata de um conto. O fato é que o enredo traz a experiência de Mac ao ter a oportunidade de encontrar Deus (Papai), Jesus e o Espírito Santo (Sarayu) no mesmo lugar em que sua filha foi assassinada. E ali, no meio da dor, a cura emergiu diante do relacionamento pessoal com a Trindade. Relacionamento: essa é a temática do livro.

Na minha opinião não interessa se aquilo aconteceu ou não. Porque as experiências que as pessoas têm não são para ser debatidas. Elas podem ser compartilhadas e cabe a cada um acreditar ou não. Mas para mim fica a essência que o conto transmite.

Pode ser chocante lidar com a forma como o autor apresenta a Trindade, mas ao meu ver isso só acontece porque somos tentados à encaixá-la dentro dos nossos achismos. Eu parei de tentar "achar" algo sobre Deus. Porque na minha opinião Ele é e ponto final. Onde Ele está tudo é diferente. E isso não se discute.

A Cabana fala de relacionamento, de vida, de intimidade, de perdão, de pessoas. E gostei da abordagem a esses assuntos não ser do tipo "auto-ajuda", mas sim de "Alto-ajuda". Porque realmente acredito que sem um relacionamento com Deus (seja da forma que for) é muito difícil lidar com os desertos que invariavelmente invadem a vida sem pedir licença. Mac se resgatou ao enfrentar a origem da "Grande Tristeza" e cada dia me convenço mais do poder que há nesses confrontos (sempre que orquestrados pela mão divina).

Gostei também da forma como as discussões teológicas são tecidas, mesmo que não concorde absolutamente com todas as ideias apresentadas. E a minha visão diante disso é simples. Não é errado ter dúvidas, discordar do que você ouve, questionar as ideias apresentadas por aí a fora. Errado, para mim, é se achar dono da verdade e não se abrir para ouvir um outro lado.
É assim que vejo A Cabana. Não uma fórmula pronta, mas um convite para o diálogo.

Thursday, September 17, 2009

Les trois petits chats

É o nome da música que o professor passou na aula de francês essa semana. É bem bobinha, mas adorei. É muito legal ver a identidade cultural manifesta até numa musiquinha infantil.



Para os curiosos, aí vai a letra.

Un, deux, trois
Trois petits chats
Trois vilains petits fripons
L'autre nuit
Sans un bruit
Sont entrés dans ma maison

Sont allés dans la cuisine
Ont renversé la farine
Et se sont roulés dedans
En sont ressontis tout blanc

Deguisés en chevaliers
Se battent à grand coups d'épée
Crèvent tous le oreillers
Et téléphonent aux pompiers

Hop, les voilá repartis
En un clin d'oeil dans la nuit
Et le dernier qui est sorti
A fait pipi sur le tapis

Monday, September 14, 2009

Por Elise

Há alguns dias fui ao teatro super bem acompanhada de queridas amigas. Num daqueles convites de última hora que amo, e que 97% das vezes aceito, assisti à peça Por Elise, da companhia Espanca!. A amiga querida que sempre faz os convites mais irresistíveis, jurou que era uma comédia, mas apesar das risadas, não se trata de um retrato cômico. Pelo contrário. É uma peça que fala das coisas simples da vida, como o correr de um lixeiro, histórias de vizinhos, galinhas e cachorro. Mas pensando bem, até que podia ser uma comédia. Tem coisa mais hilária que o cotidiano ordinário?

Por Elise é uma peça é linda, altamente recomendável e não há contra indicações. Ela me agradou pelas reflexões inesperadas, pelos diálogos bem amarrados e pela forma como os personagens e suas histórias interagem. Destaque para o cachorro (ou melhor, o ator que o interpretou), que ao meu ver roubou cada cena em que apareceu.

O texto bem escrito, o figurino despretencioso e a inexistência do cenário, reforçaram o conceito da simplicidade e ainda ressaltaram a qualidade dos atores, que delicadamente abordaram os assuntos com intensidade e singeleza.

O que abstraí da peça?

1- É preciso ter cuidado com o que se planta no mundo.
2- Algumas situações na vida caem sem aviso, como abacates maduros. E não dá para usar colchões para amortecer a queda.
3- Contra a perda não há como se proteger.

Nem comédia, nem drama. Por Elise é pura poesia.

Friday, September 4, 2009

Do blog da Angel

Li um texto no blog da minha amiga e jornalista Angélica que adorei. Gostei porque ela falou uma coisa sobre a qual já tenho pensado. Não podia deixar de postá-lo aqui.

Um escândalo ainda é escândalo mesmo se você não falar sobre ele na hora?

A febre do twitter na mídia me fez cansar um pouco de ouvir fala dele. De repente, um canal de informação, bate-papo, virou o lugar da imprensa marrom fazer a festa. Parece que posso ser invadida a cada postagem nova. Um simples erro, acredito eu, nunca foi tão sabatinado como o da Sasha. Claro que cresceu devido ao erro da mãe ao tentar defender a filha. Foi como se tivesse tentado apagar uma chama com um litro de alcool. De qualquer forma, ele também pode ser visto como mídia viral. Ninguém prestava atenção ao filme da Xuxa até a celebre postagem. Um super marketing espontâneo. A chevrolet deve tá se mordendo...


Mas não é isso que vem ao caso. O que acontece que pintou o medo de que qq coisa que vc escrever pode se virar contra você no mesmo segundo. Acaba perdendo a espontaneidade. E não venha me dizer que é possível bloquear o conteúdo. Qualquer pessoa com o mínimo de informação sobre a rede consegue, sem custo e em pouco tempo, um programa para ver perfis bloqueados.

Aí é que entra a minha pergunta. Continuar a usar o sistema não é uma forma de dar uma força para que a invasão de privacidade se mantenha em ascensão na mídia? Será exaltar o estilo de vida voyerista que o mundo ocidental resolveu por abraçar com tanto empenho? Afinal, estamos em na fase (ou período) da velhinha fofoqueira do interior elevada à um exponêncial sem precedentes. Aquela que passava a noite na janela para ver o que acontecia na vizinhança para no dia seguinte sair contando para todos.

Me sinto como dentro do seriado Gossip Girl. Somos todos as vizinhas fofoqueiras e todos os possíveis caluniados e difamados.

Angélica Castro - http://loremips-um.blogspot.com/

Ps: Eu, Iana, adorei a parte da velhinha.

Thursday, September 3, 2009

Aprendi em São Paulo

Foi em Sampa que descobri como é legal ter sempre algo para ler dentro do carro. Na realidade na primeira vez em que fui à cidade a trabalho (e lá se vão uns 7 anos), não entendia porque todo taxi tinha um monte de revistas. Bastou pegar a Marginal para entender.

Ainda bem que fui espertinha e apliquei a ideia no trânsito belorizontino. Virou meu lugar favorito para colocar a leitura em dia.