Friday, September 28, 2007

Pérola!



Ontem fui entrevistar o Adhemar de Campos para o Balaio de amanhã e acabei ficando no culto que ele ministrou no CTMDT. Valeu a pena. Aí vai a pérola que ele soltou na pregação:

"NÃO ESTOU NA MÍDIA PORQUE ESTOU NO REINO, E O REINO OCUPA MUITO O MEU TEMPO".

Quem dera que as "celebridades" do mundo gospel pensassem assim...


Ps: Para quem não sabe, o Adhemar foi um dos caras que contribuiu muito para a música cristã. Ele celebra em 2007 30 anos de ministério. Nesse caminho já compôs aproximadamente 500 canções. A maioria são clássicos das igrejas.

Wednesday, September 26, 2007

Vídeo da Semana!

A peça é simples e não tem nada de mais. Aliás, aposto que muita gente já viu similares por aí. Mas confesso: me emocionou. Adorei a forma como eles mostram como Cristo no atrai e o resto nos segura, literalmente nos impedindo de chegar aos braços dEle. É uma luta... Luta emocional, corporal, mental. Até que Ele entra de vez, nos separando através do sacrifício. Assistam e comentem.

Esse é o primeiro Vídeo da Semana!

(Ah! Vou colocar a partir de agora um vídeo legal por semana, além dos que já uso para ilustrar textos, etc.)

Tuesday, September 25, 2007

O sotaque das mineiras!


Que eu amo ser mineira não é segredo para ninguém, mas recebi esse e-mail encaminhado de uma amiga e amei a forma como o “autor desconhecido” falou coisas que eu nunca tinha percebido sobre o “mineirês” – no qual sou fluente (rs).

Sim, sou mineira e amo! E esse texto definitivamente me condena! Sei que é grandinho, mas se você nasceu nas belas montanhas de Minas, já se apaixonou por alguém que nasceu “pros lado de cá” ou tem um amigo mineiro, tenho certeza que amará!

Boa leitura!



_____________________________________________________________


O SOTAQUE DAS MINEIRAS

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar. Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar lindo (das mineiras) ficou de fora? Porque, Deus, que sotaque! Mineira deveria nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor. Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma.


Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: "pó parar". Não dizem: onde eu estou?, dizem: "ôncôtô". Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem linguisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs. Digo-lhes que não.

Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz ou jogador de futebol. Mineiras não usam o famosíssimo "tudo bem". Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: - "Cê tá boa?". Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário.

Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - "Mexe" com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc.). O verbo "mexer", para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. "Sôcê" (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: - "Aqui", não vou dar conta de chegar na hora, não, "sô". Esse "aqui" é outro que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção. É uma forma de dizer: - Olá, me escutem, por favor. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.



Mineiras também não dizem apaixonada por. Dizem, sabe-se lá por que, "apaixonada com". Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: - Ah, eu apaixonei "com" ele... Ou: Sou doida "com" ele (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro). Elas vivem apaixonadas com alguma coisa.


Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de "bonitim", "fechadim", e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: - E aí, "vão?". Traduzo: - E aí, vamos?. Não caia na besteira de esperar um "vamos" completo de uma mineira. Não ouvirá nunca.

Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas. Por exemplo, em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - Eu preciso "de" ir. Onde os mineiros arrumaram esse "de", aí no meio, é uma boa pergunta. Só não me perguntem. Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório. Deixa eu repetir, porque é importante. Aqui em Minas ninguém precisa ir a lugar nenhum. Entendam... Você não precisa ir, você precisa "de" ir. Você não precisa viajar, você precisa "de" viajar. Se você chamar sua filha para acompanhá-la ao supermercado, ela reclamará: - Ah, mãe, eu preciso "de" ir? No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um "tanto de coisa". O supermercado não estará lotado, ele terá um "tanto de gente". Se a fila do caixa não anda, é porque está "agarrando" lá na frente. Entendeu? Agarrar é agarrar, ora! Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará: - "Ai, gente, que dó".


É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras. Não vem "caçar confusão" pro meu lado. Porque devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro "caça confusão". Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele "vive caçando confusão".



Para uma mineira falar que algo é muitíssimo bom vai dizer: - "Ô, é sem noção". Entendeu? É "sem noção"! Só não esqueça, por favor, o "Ô" no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu? Capaz... Se você propõe algo ela diz: - "Capaz" !!! Vocês já ouviram esse "capaz"? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer "ce acha que eu faço isso"!? Com algumas toneladas de ironia... Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: -"Ô dó dôcê". Entendeu? Não? Deixa para lá. É parecido com o "nem...". Já ouviu o "nem..."? Completo ele fica: - Ah, "nem"... O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: - Meu amor, "cê" anima "de" comer um tropeiro no Mineirão? Resposta: - "Nem...". Ainda não entendeu? Uai, nem é nem.

A propósito, um mineiro não pergunta: - Você não vai?. A pergunta, mineiramente falando, seria: - "Cê" não anima "de" ir? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo. É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem...


Falando em "ei...". As mineiras falam assim, usando, curiosamente, o "ei" no lugar do "oi". Você liga, e elas atendem lindamente: - “Eiiii!!!", com muitos pontos de exclamação, a depender da saudade... Tem tantos outros... O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema.


Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar: - Ah, fui lá comprar umas coisas... – “Que' s coisa”? - ela retrucará. O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o que. Ouvi de uma menina culta um "pelas metade", no lugar de "pela metade". E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará: - Ele pôs a culpa "ni mim". A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas. Ontem, uma senhora docemente me consolou: "preocupa não, bobo!". E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras, nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: "não se preocupe", ou algo assim. A fórmula mineira é sintética. E diz tudo.

Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente. Aqui se diz: "tchau pro cê", "tchau pro cês". É útil deixar claro o destinatário do tchau.

Monday, September 24, 2007

Agora sou doadora de medula óssea!


Na sexta passada gravei uma matéria sobre os processos para a doação e aproveitei para me cadastrar. Quem me conhece sabe que tenho pânico de agulha, mas foi muito tranquilo. Primeiro é só tirar 10ml de sangue (eu estava realmente com medo), que não dói nada. Aí o Hemominas fará o teste de compatibilidade com o pessoal que está aguardando na fila. Se alguém for geneticamente compatível comigo, farei a doação. Caso contrário, até eu completar 55 anos (o que vai demorar muuuuito), permanecerei no banco de dados.

Quero muito que dê certo. Ter a chance prática de salvar a vida de alguém é um privilégio que quero ter. E de pensar que isso não é algo que me prejudicará em nada. Por exemplo, a maioria das doações (fora de sangue), só acontece em caso de morte. A medula não! Você doa em vida.

Comprei a causa e quero de verdade encorajar outras pessoas. É só procurar um hemocentro na sua cidade. É rápido e faz toda a diferença, para você e para outra pessoa que você nem imagina!

É isso!

Friday, September 21, 2007

Miss Saigon - Assisti e comentei!




Quem vai ser a Miss Saigon? Essa frase é a pergunta que as prostitutas vietnamitas cantam no bordel e que acaba selando o destino da personagem Kim. A jovem camponesa é retirada de sua família durante a guerra com os Estados Unidos e é então jogada em um prostíbulo pelo cafetão “Engenheiro”. Em sua primeira noite, o encontro com o soldado Chris, muda sua história. Em uma grande loteria, onde jovens mulheres sonham em se ver livres do seu país, através de uma história de amor com algum americano, Kim vê uma saída no fim do túnel.

O musical é na realidade uma crítica ao sonho americano e aos efeitos devastadores da guerra. Enquanto no papel o Vietnã saiu vitorioso, na prática a vitória demorou a ser sentida pelos habitantes. Kim, a protagonista, não conseguiu sair da prostituição, e sua paixão avassaladora pelo soldado americano se tornou um fantasma fatal, materializado com o nascimento de um filho.

O musical é um bom exemplo da capacidade do Brasil em fazer adaptações dos espetáculos consagrados nos grandes teatros nova-iorquinos e ingleses (apesar de que também aposto em montagens tupiniquins próprias). Os atores, cantores e bailarinos desempenham com excelência os seus papéis. É de dar gosto de ver. Destaque para a cantora Lissah, que no passado fez parte do grupo Rouge. Interpretando a protagonista da história, ela se redime, mostrando que é capaz de participar de um espetáculo de grande nível. Mas o show mesmo fica por conta do ator Marcos Tumura, que interpreta o cafetão. Sensacional.

Sinceramente, a música do casal não se compara aos grandes temas como Fantasma da Ópera ou A Bela e a Fera, chegando até ser um pouco chata (achei a letra sofrível), mas a canção American Dream é de tirar o chapéu. Nela, o Engenheiro mostra todo o seu sonho de chegar aos Estados Unidos. Enquanto ele lastima sobre sua situação no oriente e canta seu desejo de ser um yankee, dançarinas no melhor estilo Marilyn Monroe invadem o palco. No fundo projeções da Estátua da Liberdade estilizada são exibidas, ilustrando as facilidades e ilusões do american way of life que ele tanta deseja. Porém, a ironia da música, e a boa interpretação do ator, deixam clara a crítica que ali é feita (juro que ainda quero ver a versão americana desse espetáculo). Certamente essa parte vale a montagem.

Outro momento memorável é quando as tropas são retiradas de Saigon e num jogo de cenografia maravilhoso as grades dançam com os atores no palco uma coreografia perfeita, hora mostrando a embaixada americana, hora enfocando os soldados e por fim o abandono de quem não conseguiu entrar no helicóptero. Uma das partes mais trágicas da história mostra a triste e fatal separação do casal, porém quem realmente chama atenção é o som 5.1 do Teatro Abril e a projeção da aeronave de guerra quase em tamanho real. Simplesmente maravilhoso. Uma boa solução para o problema de colocar um helicóptero no palco, como é feito na Broadway americana.

A separação acontece, a prostituta é abandonada e o soldado retorna ao seu país de origem. O tempo passa e a história caminha até mostrar Chris casado com uma outra mulher, morando nos Estados Unidos, mas sonhando com Kim no Vietnã. Por sua vez, a jovem gerou um filho e se agarra as promessas de que o “marido” voltaria para buscá-los e então terem uma nova vida longe dali, como a fora prometido. Nada mais típico.

Com um difícil desfecho pacífico, a platéia se pergunta: o que fazer? Deveria Chris separar da atual esposa e cumprir a promessa à mulher vietnamita de levá-la para viver na América? Deveria ele pegar o filho e criá-lo como a esposa atual? Sem respostas e sem ter a chance de se encontrar com o amado, Kim decide por ambos. Em vez dos aplausos, o silêncio. Silêncio para o Vietnã hoje, para os filhos de americanos abandonados e para o american dream. Bom espetáculo.



Ah! Uma dúvida minha: a criança que interpreta o filho dos protagonistas pode trabalhar num espetáculo como esse? A censura é 12 anos e o menino deve ter no máximo uns 5. Alguém sabe responder?




Peguei no You Tube dois vídeos. O primeiro é da canção tema do casal. O segundo é a American Dream, a que me referi. Assistam e opinem!








Thursday, September 20, 2007

PRÓXIMO COMENTÁRIO: MISS SAIGON!

Aguardem! Em breve o meu comentário sobre o espetáculo Miss Saigon.

Enquanto isso, aí vai a matéria que veiculou no Fantástico.



De volta a BH! E como prometido a minha visão sobre o livro "O Diabo veste Prada"

Sapatos, bolsas, saias, blusas, vestidos e maquiagem. Tudo isso faz parte de um universo comum às mulheres, independente da classe social, idade ou intensidade. Aliando esses itens a marcas poderosíssimas, mulheres belíssimas (e magras) e um mundo de muito glamour, cria-se um poderoso imaginário de perfeição e ideal. Entretanto, o livro e o filme homônimo O Diabo veste Prada abordam um lado interessante dessa dinâmica quase ditatorial: qual a importância desses itens no cotidiano de uma pessoa? Qual o limite de uma aspiração profissional? Duas boas perguntas.

Para quem assistiu ao filme, o livro é bem diferente. Não há nenhuma conspiração para a saída de Miranda Priestly da revista Runaway e o desligamento da heroína é motivado por um acidente quase fatal com sua melhor amiga Lily (que no livro é alcoólatra), enquanto Andrea está na estonteante Paris. Ah! E o final de Andy não é no The New Yorker com o aval e recomendação da ex-chefe, mas sim à caminho do mesmo prédio Elias Clark, em Manhattan, rumo a uma entrevista na revista Buzz. Um final certamente menos glamouroso do que o do longa-metragem, que certamente é mais atraente para um filme que pretende deixar todos com aquele desejo de revanche da chefe má. Entretanto, a essência é a mesma e os questionamentos permanecem.

Como uma boa devoradora de livros, li as quase 500 páginas em uma semana, entre uma parada no trânsito, intervalo do almoço, antes da aula e até na manicure. E recomendo: o livro é realmente bom. Bem escrito e com narrativa agradável e atraente, é daqueles tipos que nem dá vontade de soltar, para ver logo como acaba a história. O problema é que durante a leitura, quando eu menos esperava, me vi completamente influenciada pela neura de Andrea Sachs! Relaxa, Iana. Não há nenhuma Miranda por aqui!

Realmente acredito que para ter reconhecimento, sucesso, entre outras coisas no mundo profissional é preciso de dedicação, esforço e sacrifício. Entretanto, até que ponto? A que preço? E o que se está disposto a sacrificar? No caso da heroína da história, passo a passo, ela foi se modificando até ser confrontada com o seu pior: estava se tornando um reflexo daquilo que repudiava. Claro que visualmente falando a mudança foi, sem dúvidas, bem positiva, mas ela não aconteceu porque esse era um desejo da personagem. Andrea só passou a se vestir com o melhor do mundinho fashion e da alta costura para se adequar àquele meio e se tornar então socialmente aceitável. Tanto, que ao final da história, para se "exorcisar" do um ano de escravidão (e muita humilhação) na revista - como ela mesma denomina, a antiga assistente da mulher mais temida da moda, se livra das roupas, sapatos entre outros "bens" adquiridos durante a experiência vivida. No filme, a boazinha Andy os dá de presente a ex-colega de trabalho "Emily", enquanto no livro ela vende tudo por praticamente U$40.000,00. Fico com a segunda opção!

As minhas pergunta são: Por que existem Mirandas Priestlys que se tornam padrões? Por que esse seria um emprego pelo qual milhares dariam a vida? E por que o que as revistas dizem que é belo se torna moda e a maioria simplesmente aceita? Vivemos em um mundo que dita o perfeito ao lado do efêmero. E ai daquele que não acompanhar.

Em meio a tantas questões, as palavras de ordem continuam sendo: bom senso. Seja ele para chefes, subordinados, ou aspirantes. E no mais, bom trabalho!



Ah! Para quem não assistiu ainda, aí vai o trailer. Uma boa opção para o final de semana.

Monday, September 10, 2007

TÔ FORA!

Em primeiro lugar quero agradecer a todo mundo pelos comentários legais e orações pela minha vida e das meninas. Estamos cada vez melhor. A Vet fez tomografia e constatou cientificamente que é dona de uma cabeça bem dura! rs. A Isa tá bem e meus roxos estão sumindo. Só o machucado da mão que ainda tá meio feio. Acho que ganharei uma cicatriz!

Tô viajando desde quarta e só vou voltar ao rítmo normal na segunda que vem. Mas não estou abandonando o blog! Aliás, aguardem! Ontem assisti aqui em Sampa o musical Miss Saygon. Vale a pena. Quero escrever sobre isso. Terminei também de ler O Diabo veste Prada. Certamente postarei meus comentários sobre essas duas obras! Enquanto isso, vai aí um clip de uma banda que gosto muito Casting Crowns. O título é legal: American Dream.

Boa diversão!

Tuesday, September 4, 2007

Carpe diem!


Sofri um acidente na madrugada de sexta para sábado. O plano era passar um final de semana em São Paulo, desfrutando da excelente companhia de alguns preciosos amigos paulistanos. Saímos da rodoviária de BH as 00:30 e a idéia era chegar as 08:00 no Terminal Tietê. Mas no meio do caminho havia uma pedra...

Por volta das 4:00 da manhã me vi no chão, rodeada por água, com uma pessoa dizendo “bateu”, minha irmã me gritando e o ônibus ainda debatendo contra algo que não sei dizer. A impressão que tive era que tínhamos caído num rio e que a água estava invadindo os bancos (na realidade percebi depois que o galão de água que estava atrás se quebrou em cima de nós). A Isa me pegou (não sei como) e me abraçou. Juntas continuamos nos debatendo contra o vidro, que graças a Deus, não estava quebrado. Não me lembro de muita coisa mais. Quando o ônibus definitivamente parou, o que demorou alguns segundos (que me pareceram a eternidade), vi a Flávia, minha amiga que viajou conosco, se levantando assustada e encharcada. Em estado de choque, nós três nos abraçamos e agradecemos a Deus, clamando pela misericórdia, porque estávamos vivas. Chorei... Catamos nossas coisas e descemos, na dúvida do que tinha acontecido e do que aconteceria.

Agora, ao relembrar essa experiência, volto a tremer. Naquela fração de segundos vi e senti tanta coisa. Lembrei de todos grandes acidentes que aconteceram no Brasil, das vítimas, da minha família, do meu namorado. Ao mesmo tempo, eu sentia o alívio por estar abraçada a minha irmã e por saber que Deus estava ali. Sim, Ele estava ali, no meio daquele acidente.

Após sermos ajudadas pelo Diego (um anjo que está se formando em medicina e por acaso estava sentado perto de nós), avaliamos os machucados. Várias escoriações, hematomas, muitos galos na cabeça, alguns cortes nas mãos e na boca, dor por todos os lados. O ônibus estragou bastante. Só nós três nos ferimos. Enquanto eu tremia, completamente assustada, mas tentando segurar a onda, uma música começou a gritar dentro de mim: How Great is our God. Exatamente. A música que postei aqui na sexta, horas antes de viajar. Mudamos de ônibus e me sentei ao lado da Vet (minha amiga). Nos abraçamos e começamos a ouvir essa canção, enquanto chorávamos muito, tentando absorver tudo que tinha acontecido. Sim, Deus é grande. Muito. Maravilhoso. Poderoso. Tremendo. Ali, nos encontramos com Ele de uma forma única. Ele cuidou de nós. Nos amparou. Colheu nossas lágrimas. Aquietou nosso coração. Ele é grande! Ele é o nosso Deus. Seguimos para Sampa e o nosso plano se concretizou: tivemos um final de semana excelente com nossos amigos. E ainda voltamos para casa no domingo a noite de ônibus!

Após viver isso tudo, posso tirar várias conclusões. Mas a maior delas é: “como Deus é grande!”. Ele nos livrou. Tudo é tão efêmero. Tudo passa em um piscar de olhos. Mas a grandeza, soberania e amor de Deus permanecem. Nossos dias estão contados em suas mãos e nenhuma folha cai sem a Sua permissão. Pela Sua graça fomos livradas. Pela Sua graça vivemos. Pela Sua graça morreremos. Mas enquanto o nosso tempo ainda estiver contando, quero simplesmente viver a vida que Ele sonhou para mim. Da melhor forma possível, com toda intensidade, com qualidade.

Lição do dia: Carpe diem!

Ps 1: A foto aí é do que restou da frente do ônibus. Depois coloco fotos da parte legal da viagem, que com certeza foi inesquecível.

Ps2: Aproveite que vc chegou até o final desse post e ouça a música How great que está logo ali. Vale a pena!