Ontem foi a votação final no Senado sobre a prorrogação da CPMF, aquele imposto chato que é debitado da sua conta de acordo com as transações financeiras que você realiza. Ele foi um imposto provisório, criado para apoiar ações ligadas à saúde, mas foi ficando, ficando, ficando... e o governo queria que ele ficasse ainda mais. Porém, ontem, finalmente os senadores reconheceram que tava na hora de acabar de verdade (sim, o meu bolso agradece!). É claro que daqui a pouco vão inventar outra coisa para compensar os R$40 billhões que não entrarão nos cofres públicos, mas confesso que senti um alívio (que provavelmente, esse sim, será provisório) ao pensar que a partir do ano que vem a CPMF não existirá (pelo menos não com esse nome!). Ufa... Já não era sem tempo.
5 comments:
O nosso querido presidente gritando pros quatro cantos do Brasil que era o 'imposto do cheque' sendo que é uma contribuição provisória...aiaiai, ele defendeu a CPMF com todas as suas forças, mas não teve jeito...pela demora desta contribuição acho que deu tempo de arrumar a "saúde" do Brasil né?!?!?
tsc tsc tsc...
Bjos
Falou tudo! Se os impostos fossem usados para os fins a que realmente se destinam, talvez a gente até tolerasse... mas todo mundo sabe que essa grana nunca vai para o destino certo, então é melhor mesmo acabar c isso. Ou como vc disse, acabar provisoriamente até surgir com outro nome...
Concordo em gênero número e grau... rs
Esses governantes são uma vergonha!
Só pensam neles...
bjus e até
Bem, lamento discordar. Como sou um profundo pesquisador da etimologia da língua portuguesa, descobri q o vocábulo "provisório" usado no nome do imposto não é de origem grega (provisoridas) e sim de origem latina com a junção de "pro" (para, a favor de, adicionado a) + "visore" quem vem da raiz "visione" (visão, olho, ver)... com isso eu tenho a tradução possivelmente correta para o nome do imposto: CONTRIBUIÇÃO PARA QUEM ESTÁ DE OLHO-GORDO NA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA.
Bem, o 'gordo' ficou de fora pq é meio politicamente incorreto. :)
Não comemoro tanto assim.
De fato, apesar de a mídia ter alardeado que gasta-se mais com cpmf do que com arroz, sabemos que pra nós o imposto custa muito pouco (sim, Iana, a dor no bolso nem é tão grande... hehe).
A CPMF custa caro pra quem movimenta MUITO dinheiro, e o bolso de quem ganha pouco agradece.
Tá certo que a saúde vê, diretamente, muito pouco desse dinheiro. Mas, ultimamente, grande parte dele vinha sendo distribuído por meio de programas sociais.
Como disse o Jatene, idealizador da coisa, enquanto no Brasil não se taxarem as grandes fortunas e heranças, impostos sobre operações financeiras são a única saída.
A lógica é simples: um felizardo pertencente a uma parcela mínima da população faz uma grande transação e pequena parte disso é distribuído como complementação de renda àquele que sequer conta em banco tem.
É a tão necessária distribuição de riqueza sendo feita. E isso contribui para que o Brasil figure como o país mais bem sucessido do mundo, em relação ao objetivo do milênio (do pacto global da onu) referente à erradicação da miséria e da fome.
Quem paga imposto neste país é só a classe média. Ricos de verdade sonegam. O único jeito de "fisgá-los" é buscar o dinheiro lá, diretinho da conta.
Agora, pra compensar a perda, vão acabar incrementando outras formas de arrecadação que vai, mais uma vez, taxas só quem já paga muito imposto. E os ricos se livram...
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