Tenho me dedicado a trabalhar e contar histórias. Muitas. Cada uma de um jeito. Bonitas. Tristes. Revoltantes. Curiosas.
Primeiro ouço. Atentamente. Daí filtro o que é o mais importante. Já chorei no meio de entrevistas. Já dei gargalhadas. Já me coloquei no lugar das pessoas e também aprendi a me distanciar. Não tenho fórmulas. Cada dia é um dia. Cada história é uma história. E eu, sou uma Iana só. Tentando me reiventar.
Sempre volto para casa com muitos casos. De todos os jeitos. De barracos homéricos à tragédias difíceis de digerir. De denúncias de descaso público à problemas familiares. Lido com a educação e a falta dela diariamente. Com pessoas que nos olham com confiança e outras como se fôssemos ETs. E assim busco contar o que acontece mundo a fora. Tento transmitir o que observo de um jeito diferente. Me esforço para trazer a verdade, a emoção, o coração. Porque é disso que as pessoas são feitas.
Ser jornalista, especialmente ser repórter, é saber contar histórias. É buscar os dois lados da moeda, seja o caso que for. É encontrar a novidade no meio do óbvio e estar sempre em busca de algo mais. É ser um pouco idealista, ainda que isso canse, e ter a convicção de que uma matéria bem feita pode fazer diferença na sociedade. E como é bom quando isso realmente acontece.
Conto muitas histórias e elas ajudam a contar a minha também. Sinto falta do meu tempo, mas minha vida se torna mais rica a cada novo personagem que encontro. É quando respiro fundo, tento driblar o meu cansaço e corro para a próxima pauta e para a próxima história que terei o prazer de contar.