Lendo um livro hoje achei um insight bem interessante.
"Todo homem que perdoa paga um preço enorme - o preço do mal que ele perdoou". (Aluízio A. Silva).
O autor usa o seguinte exemplo para justificar a fala. "Se eu quebro um vaso precioso e você me perdoa, você sai perdendo e eu saio livre. Suponha que eu estrague a sua reputação. Para me perdoar você deve aceitar as consequências do meu pecado e deixar que eu fique livre".
O meu liberar de perdão independe do arrependimento do outro. Porque essa é uma postura minha. E escolher não guardar ressentimentos, mesmo que eu tenha todas as justificativas do mundo, é a verdadeira prova de liberdade.
Não é segredo para ninguém que ando com muita mania de coisas francesas. Esse vídeo foi minha amiga Yolanda que enviou e não resisti. Muito lindinho e altamente indicado.
Coeur de Pirateé uma banda do Quebéc liderada por Béatrice Martin, que tem uma voz agradabilíssima e é super linda. Sem falar que o clip é uma graça. O nome da música é Comme des enfants, que significa "como as crianças". Adorei.
Ficam aí a dica e a letra para quem quiser acompanhar.
Comme des enfants
Alors tu vois, comme tout se mele Et du coeur a tes levres, je deviens un casse-tete Ton rire me crit, de te lacher Avant de perdre prise, et d'abandonner Car je ne t'en demanderai jamais autant Deja que tu me traites, comme un grand enfant Nous avons plue rien, a risquer A part nos vies qu'on laisse de cote
Et il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
C'en est assez de c'etait doublements C'est plus dure faire, qu'autrement Car sans rire c'est plus facile de rever A ce qu'on ne pourra, jamais plus toucher On se prend la main, comme des enfants Le bonheur aux lvres, un peu naivement Et on marche ensemble, d'un pas decide Alors que nos tetes nous crient de tout arreter
Il m'aime encore, et toi tu m'aime un peu plus fort Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort Et malgr a il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Encore, et moi je t'aime un peu plus fort Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort Et malgre ca il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort Et malgre ca il, m'aime encore, et moi je t'aime un plus fort Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort Et malgre ca il, m'aime encore et moi je t'aime un peu plus fort Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Cheguei hoje ao trabalho e comecei a rotina de sempre: verificar e responder e-mails, fazer algumas ligações, organizar a "to do list", conferir o Twitter, moderar os comentários do I-relevante. Mas qual não foi a minha surpresa ao ver um recado sobre um blog que replica os posts do meu. Até então tudo bem. Aliás, é muito bom saber que meus textos ganharam vida própria, se tornaram independentes e começam a andar sozinhos por aí. Isso é: desde que estejam devidamente creditados, com a referência correta de quem o escreveu.
Infelizmente não foi o caso do blog citado. A mocinha em questão usou várias postagens como se fossem dela. E tem até uma que ela aproveita a estrutura que escrevi e substitui apenas as minhas experiências relatadas.
Não, eu não fiquei brava, mas confesso a minha surpresa. E isso sempre acontece quando vejo perfis fakes em redes sociais, o que para mim se trata do reflexo de pessoas que assumem personalidades que não lhe pertencem. Porque isso é viver de mentira, é querer ser alguém que não se é. É ignorar a sua essência própria e buscar a de outro. É se apropriar de algo que não é seu. E isso é errado.
O problema é que na internet as pessoas podem ser quem elas quiserem. É possível inventar personagens, agregar características, assumir outra vida, escrever coisas que não tem coragem de falar ou assinar. E isso acontece porque a internet aceita tudo. Mas e você? Você se aceita? Para mim essa é a pergunta chave.
Não tenha medo de ser você mesmo. Não tenha medo de expor as suas ideias ou de assinar aquilo que você escreve. Mas também não sinta receio em admirar alguém. Admiração nunca é problema. O problema é não ser autêntico o suficiente para assumir. É permitir que essa admiração se torne maior que a sua própria personalidade.
Você pode conseguir enganar algumas pessoas e até começar a acreditar naquilo que você mesmo criou, mas sou obrigada a dizer o que isso representa para mim. Na minha modesta opinião esse é um problema de caráter.
Enfim... Por alguma razão acho que esse post ela não irá replicar.
Ps: Só para reiterar: eu adoro quando vejo meus textos em outros blogs. Isso realmente me faz mega feliz. Mas desde que eles sejam devidamente creditados, ok?
Atualizei hoje o Flickr. E na minha opinião a foto mais linda é essa aqui. Também tem outras legais que gostei bastante. E para ninguém falar que só fotografei na vertical, vai essa aqui, que eu também amei. E para quem curte, o blog ganhou também uma coluna lateral com as últimas fotos do Flickr.
Ps: Fotos do evento do DT que aconteceu em Imperatriz no dia 18 de julho.
Há umas semanas a Época publicou uma matéria falando sobre a trégua que um líder muçulmano e um pastor cristão travaram em prol da paz na Nigéria. Um líder muçulmano e um pastor juntos? Sim. Sem falar que um foi o responsável pela morte da família do outro. E o outro pelo braço amputado de um.
Sinceramente não creio que isso seja ecumenismo e muito menos sincretismo. É tolerância. É respeito à vida. É amor ao próximo. Tolerar não significa mudar suas convicções, mas é não colocá-las acima da sua humanidade. Ao ler a matéria me lembrei do vídeo que compartilhei no post anterior. Você pode achar suas raízes superiores e querer seguir sozinho. Aliás, você pode usar a cultura como uma barreira intransponível. Mas há também a possibilidade de deixar o egocentrismo, o preconceito, de lado e buscar saídas juntos. O erro de uma pessoa (ou de uma sociedade) não desobriga a outra de buscar o certo. E não estou falando de religião.
No caso dos líderes que a matéria cita eu tenho certeza que a dor que um causou ao outro não passou. O braço do pastor não foi restituído. A família do líder islâmico também não. Mas ao decidir pelo perdão eles dão uma chance ao fim do círculo vicioso que o ódio alimenta.
Sim, sou utópica. Mas quem nunca sonhou com o fim dos conflitos étnicos que atire a primeira pedra.
“Não perdoar é como tomar veneno e esperar que o inimigo morra”
IMÃ MUHAMMAD ASHAFA, líder muçulmano da Nigéria
“Fomos programados para matar. Agora, precisamos nos reprogramar para a paz”
PASTOR JAMES WUYE, líder cristão da Nigéria
Ps: Sei que tenho falado muito aqui sobre se colocar no lugar do outro, mas sinceramente creio que esse é um assunto que não se esgota. E incentivar a reflexão sobre o respeito nunca é demais. Ps2: Muito obrigada a Paula e ao Paulo Victor por encontrarem o link da matéria! :)
O vídeo não é novo. Na realidade o vi há séculos por indicação do Bressane. Mas hoje o assisti novamente e me deu vontade de postar.
Lindo. Um curta que fala sobre proximidade e distância, comunicação, oportunidades e pessoas. Como diria Jhon Le Carré: "A escrivaninha é um lugar perigoso de onde observar o mundo".
Por isso fica a dica: não apenas olhe sempre pela janela. Ouse também sair dela.
É o nome do livro que ganhei do João Marcos, um desenhista super fera com quem cruzei há uns anos. Aliás, ele não é só desenista. Ele é mestre em Artes Visuais, professor universitário, ilustrador, chargista, quadrinista e roteirista (de ninguém menos do que da Maurício de Sousa Produções). É pouco ou quer mais?
Sim o João Marcos é muito bom no que faz e me agraciou com o novo livro, que é lindo. Lindo mesmo, do enredo ao traço.
Jarbas era um menino comum, até descobrir que tinha asas (a Ivy, que sempre diz que é a "Menina de Asas" adorou) e se tornar uma celebridade. A história parte daí e funciona como uma crítica a essa cultura tão contemporânea, enfocando as consequências no universo infantil.
Gostei tanto que não poderia deixar de comentar aqui. Porque eu realmente acredito que o gosto pela leitura e o senso crítico começam a ser formados na infância. E isso é algo simplesmente fundamental para o indivíduo. Fica aí a minha dia.
Adão culpou a Eva. Clinton culpou a Mônica. Os árabes culparam os americanos. Os americanos culparam o Islã. Os ingleses sempre culpam os franceses, e os franceses estão aprendendo a culpar os chineses. Os brasileiros culpam os políticos. E o povo culpa a Igreja. Mas a culpa é de quem?
Desde sempre as pessoas tentam empurrar para o outro a responsabilidade. Sinceramente não gosto dos discursos que apontam a Sociedade ou a Igreja como culpados pelo o que quer que seja. Sim, ambas são falhas, mas só o são porque são compostas por pessoas. E ninguém é perfeito.
É cômodo colocar a culpa na Igreja. É fácil falar que o problema é a Sociedade E até faz sentido, afinal esses dois elementos representativos são super protagonistas da História desde que o mundo existe. Mas essa não é a origem. A forma como a Igreja e a Sociedade se comportam são apenas os reflexos de algo infinitamente mais complexo: caráter.
Se eu sou parte da Igreja, a culpa se torna também minha. Ao falar que a Igreja não faz nada, é dizer que você mesmo não faz. Porque a Igreja é você. Sou eu. Afinal, são as pessoas que fazem as instituições e não o contrário. E todas as tentativas de fazer o oposto foram desastrosas.
É fácil falar que a Igreja não se importa com as pessoas. Mas você se importa? Você é capaz de perdoar alguém que errou feio? Você é capaz de deixar de comprar algo ao ver alguém que você não conhece passando necessidade e oferecer o seu próprio dinheiro? Você consegue tratar todas as pessoas da mesma forma, sem nenhum tipo de acepção? Eu confesso: ainda não.
É justificável também culpar os jeitinhos da Sociedade. Mas você paga seus impostos corretamente? Você fala sempre a verdade? Você já tentou se dar bem em cima de alguém? Você já foi tentado a subornar (tipo o carinha que precisa liberar um documento urgente)? Você já aceitou algo que não deveria?
Você, você, você. Eu, eu, eu. Somos egocêntricos e nos esquecemos de que o mundo não se resume aos nossos achismos, às nossas convicções, ao nosso ponto de vista.
Tenho aprendido a não olhar a falha do outro, mas antes examino a mim mesma. Tenho exercitado não expor o erro alheio, mas oferecer a mão, ou melhor: oferecer a segunda chance. Aprendi a pedir perdão, ainda que eu tenha a certeza de que eu fui a injustiçada. Tenho exercitado não mentir, ainda que eu me prejudique. Tenho tentado ser solidária, ainda que eu sinta que as minhas necessidades não tenham sido satisfeitas. Porque é isso que espero da Igreja. É isso que espero da Sociedade.
Aprendi a começar em mim ao invés de esperar do outro e dessa forma espero construir um outro referencial de Igreja e de Sociedade. Não um referencial de perfeição, mas de tentativa. Afinal, se eu sou parte da Igreja e da Sociedade, assim me torno. Porque aprendi que só as minhas críticas (geralmente ácidas) matam, mas a atitude gera vida. E uma coisa eu posso dizer: ainda tenho muito que caminhar...